Luanda - O Executivo prevê racionalizar o arranque do Plano Nacional de Fomento da Produção de Grãos (PLANAGRÃO), começando com uma fase piloto e produção em escala, anunciou, esta terça-feira, em Luanda, o secretário de Estado para Economia, Ivan dos Santos.
Falando no habitual briefing do Ministério da Economia e Planeamento (MEP), sublinhou que existem factores combinados desde terra, rios próximos e facilidade de acesso às estradas nacionais.
Ivan dos Santos explicou que o racional de identificação dessas áreas é garantir, numa primeira fase, a facilidade de implementação do cultivo dos cereais do Planagrão, sendo necessário começar a dar alguma dinâmica e celeridade.
O secretário de Estado lembrou que foram realizadas de 11 de Outubro a 1 de Novembro visitas às províncias do Moxico e Cuando Cubango, no quadro das acções de constatação e estratégia que a unidade técnica do Planagrão efectua.
Explicou que, nas duas províncias, foram identificados 245 mil hectares para o Plano Nacional de Fomento da Produção de Grãos, dos 2 milhões de hectares previstos para as quatro províncias do leste (Moxico, Cuando Cubango, Lunda Sul e Lunda Norte), 500 mil para cada.
Com o Plano Nacional de Fomento da Produção de Grãos (PLANAGRÃO), avaliado em 2.8 biliões de kwanzas, pretende-se o aumento da produção do arroz, milho, trigo, soja e outros cereais para mais de seis milhões de toneladas até ao ano de 2027, contra as três milhões e 26.140 produzidas em 2021.
O Plano tem como foco as províncias da Lunda Norte, Lunda Sul, Moxico e Cuando Cubango, embora as restantes províncias também entrem na conta.
PLANAGRÃO será financiado pelo Estado, através do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) e o Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA) e desenvolvido pelo sector privado.
O PLANAGRÃO prevê um investimento médio anual de cerca de 670 milhões de dólares para a produção de cereais e cerca de 471 milhões de dólares para a construção de infra-estruturas de apoio ao sector produtivo e social.
O objectivo final PLANAGRÃO é contribuir para a soberania alimentar e nutricional do país, devendo ser criado um conjunto de medidas que passam, também, pela criação de infra-estruturas.
O Executivo prevê investir, num período de cinco anos, o valor de 1.17 mil milhões de kwanzas em infra-estruturas, que incluem a demarcação de dois milhões de hectares, loteamento e vias de acesso para as zonas de produção. HEM/AC