Luanda - O Executivo angolano mantém o compromisso de consolidar a liberalização do mercado de banda larga, promovendo a concorrência e o fomento da partilha de infra-estruturas de comunicações electrónicas.
A posição foi reiterada esta terça-feira, em Luanda, pelo secretário de Estado para as Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Pascoal Fernandes, na abertura da terceira edição do Fórum Angola Digital (ADF), realizado sob o lema "Transformação digital e sustentabilidade".
Segundo o responsável, o compromisso vai maximizar a eficiência na implementação de redes, reduzir custos e eliminar barreiras a entradas de novos actores no mercado.
Referiu que a implementação de infra-estrutura de inclusão digital assente numa rede de banda larga nacional é uma das apostas do Executivo para o desenvolvimento da sociedade da informação e do conhecimento.
Disse estar prevista a construção de mil 980 quilómetros de fibra óptica, bem como a implementação da plataforma de infra-estrutura da “cloud nacional”, para promover a interacção entre os vários órgãos da administração pública na partilha segura de informação das instituições e dos cidadãos.
O secretário de Estado defendeu, no entanto, a continuidade do investimento nacional e estrangeiro em infra-estruturas de telecomunicações, tendo em vista o aumento e melhoria da qualidade e o acesso aos serviços digitais.
Considerou imperativo reconhecer a relevância da transformação digital na promoção do desenvolvimento social e da prosperidade económica.
Nesse sentido, frisou, o Executivo entende ser necessário estabelecer uma infra-estrutura de telecomunicações/tic robusta e resiliente, garantindo o acesso universal aos serviços de banda larga para a população.
Lembrou que o Governo lançou em consulta pública, por via do ministério de tutela, a proposta do livro branco das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para o período 2023/2027, que, entre outras medidas, traça as políticas e acções estratégicas para o desenvolvimento sustentável do sector das TIC.
Segundo o responsável, a aprovação deste documento será inequivocamente um marco guia orientador de políticas para as estratégias de transformação digital dos diversos sectores económicos e sociais do país.
Já o director do Portal de T.I, Seidou Ndolumingo, considerou que o mundo está em constante evolução, impulsionado por avanços tecnológicos que têm transformado a maneira como viver, trabalhar e conexão.
No seu entender, a transformação digital, um fenómeno global, está a redefinir indústrias e a moldar novas formas de interacção social.
“Enquanto celebra-se as inovações trazidas pela revolução digital, também enfrentamos desafios urgentes relacionados à sustentabilidade ambiental”, disse.
O Angola Digital Fórum (ADF) é um evento inovador e transformador, com o objectivo principal de reunir líderes, profissionais, empreendedores e entusiastas das áreas de transformação digital e sustentabilidade para uma imersão colaborativa.
O evento aborda questões sobre as “fronteiras” da tecnologia e explora a forma como esta pode ser aplicada de maneira eficaz para impulsionar práticas sustentáveis em diversos sectores, visando inspirar acções tangíveis, promover a conscientização e fomentar colaborações que conduzam a um futuro mais responsável.
Nele participam empresas dos sectores das telecomunicações, tecnologias, finanças, energias, indústria, petróleo e gás.
Aspectos ligados à importância, o papel, os desafios, oportunidades e soluções da união das fronteiras da transformação digital, sustentabilidade e consequente desenvolvimento sustentável de Angola foram igualmente debatidos no fórum. HM/VC