Executivo e FAO mobilizam meios para combate à praga de gafanhotos

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  • Luanda     Segunda, 12 Abril De 2021    04h55  
Campo agrícola
Campo agrícola
Aurélio Januário

Luanda -  O  combate  à praga de gafanhotos que afecta a região Sul de Angola vai envolver meios aéreos, para a pulverização, com insecticidas, das regiões afectadas, garante o  Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), que se junta aos esforços do Executivo angolano.

Esse desiderato poderá ter a  duração de um mês, passando pelo levantamento das zonas afectadas e a evacuação da população para outras áreas mais seguras.

De acordo com o investigador da FAO Panzo Domingos, em entrevista à Televisão Pública de Angola, a praga surge devido as alterações climáticas, que estão a influenciar a reprodução dos gafanhotos de forma massiva, afectando, desta feita, os campos agrícolas e pastos nos países africanos.

Em Angola, a praga, no princípio, estava restringida apenas à província do Cuando Cubango, concretamente, nos municípios do Dirico, Rivungo, Calai, Cuangar e Mavinga, tendo expandido, sexta-feira, 09, para a província do Cunene.

“Temos de usar insecticidas para fazermos uma pulverização a érea e, neste momento, estamos a trabalhar  com o Governo de Angola, para o efeito”, referiu o  investigador do FAOundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, neste domingo, durante a sua abordagem.

Uma comissão multisectorial, em que  integram técnicos de alguns departamentos ministeriais ja foi criada, com destaque para os ministérios da Agricultura, do Interior, da Defesa (Força Aérea Nacional), da Saúde e o própria FAO.

Neste momento, adianta Panzo Domingos, já foi elaborado  um Plano Estratégico que vai permitir a realização de uma monitorização, através da Força Aérea Nacional (FAN), para o mapeamento das zonas afectadas, para que a  pulverização seja feita com precisão.

O referido mapeamento vai, de igual modo, permitir a localização das populações, que vão receber  a comunicação de risco, que se seguirá com a sua evacuação para as zonas mais seguras, uma jornada que decorrerá até o dia 02 de Maio, por exigir cuidados, devido os riscos que envolve o processo.

A FAO garante ainda que já está a adquirir os equipamentos de monitoramento dos gafanhotos, através de fundos disponibilizados pela própria organização e pelo  Fundo de Emergência e Reabilitação do Governo Belga, meios que serão recebidos,em breve, a nível da região da SADC.

São aguardados, para o efeito, equipamentos de monitorização, de proteção, formativos, de proteção individual, numa altura em que agricultores das duas províncias da região Sul de Angola já começam a falar de crise alimentar, em função dos campos que foram devastados pela praga de gafanhotos.





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