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Executivo descarta revisão do OGE 2023

     Economia              
  • Luanda • Sábado, 05 Agosto de 2023 | 10h06
Vista parcial da cidade de Luanda
Vista parcial da cidade de Luanda
Francisco Miúdo

Luanda- A ministra das Finanças, Vera Daves, descartou, esta sexta-feira, a revisão do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2023, orçado em mais de 20 biliões de kwanzas (Kz).

Estando-se no oitavo mês do ano, o Executivo, de acordo com a titular das Finanças, está a optar em cativar despesas, enquanto a equipa trabalha na elaboração do OGE 2024.

O Orçamento Geral Estado de 2023 registará, até ao final de ano, um défice na ordem dos 7, 4 biliões de kwanzas ou 10 mil milhões de dólares (8,9 mil milhões de euros), segundo as projecções apresentadas, recentemente pelo Governo.

Essas projecções resultam da análise feita pelo Ministério das Finanças sobre a execução do Orçamento Geral do Estado (OGE) 2023, que tem como pressuposto o preço do barril de petróleo a 75 dólares, uma produção de 1 180 mil barris por dia e uma execução de 20 biliões de kwanzas.

No encontro que Vera Daves teve  com jornalistas, no tradicional "press breakfast", disse que o OGE 2024, cujo instrutivo já foi aprovado em Conselho de Ministros, será elaborado com base num conjunto de efeitos a serem definidos, quer do lado da receita quer do lado da despesa.



" Já pedimos o agendamento da proposta de cativações e foram recomendadas fazer um conjunto de ajustes", disse a ministra das Finanças, sustentando que aproposta volta a ser analisada em Conselho de Ministros.

Este processo, acrescentou, vai permitir ao Executivo ganhar tempo, enquanto  trabalha na proposta do OGE 2024.

Com os credores, sobretudo a banca local,  o diálogo continua no sentido  de se encontrar soluções que permitam alongar a maturidade e baixar o custo da dívida, para que, progressivamente, se reduza também a "pressão" de tesouraria  da dívida.

" Tudo isso é  um exercício que não é fácil se ao mesmo tempo temos de levar a cabo um conjunto  de projectos de infra-estruturas  que os cidadãos precisam e que tragam uma nova dívida ", aponta  Vera Daves, que observa uma certa pressão de "voltar a entrar" no cenário de endividamento.

Por isso, considera que o exercício deve ser de todos para a definição criteriosa dos projectos para que o Executivo  se endivide no limite do necessário, com acções  que ajudem a alavancar a economia.NE



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