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Evolução tecnológica exige rápida adaptação da banca

     Economia              
  • Luanda • Quinta, 16 Maio de 2024 | 04h51
Bancos comerciais
Bancos comerciais
Pedro Parente-ANGOP

Luanda – A banca angolana precisa adaptar-se, rapidamente, à evolução tecnológica que o mundo oferece, para continuar a ser um dos pilares de desenvolvimento económico e social do país, considerou, esta quarta-feira, em Luanda, a presidente do Conselho de Administração da Comissão de Mercado de Capitais (CMC), Vanessa Simões.

Ao falar na 2ª edição do evento “Angola Banking Conference”, a gestora sublinhou que a tecnologia digital está a transformar, profundamente, o sector bancário, exigindo das instituições financeiras uma adaptação rápida e eficaz.

Na ocasião, apontou o reforço da inclusão financeira com outro desafio da banca nacional, tendo em conta os baixos níveis de literacia influenciada, essencialmente, pelo sector informal da economia.

Lembrou que, actualmente, grande parte da população angolana “não tem acesso a produtos e serviços bancários básicos”, facto que limita o potencial de desenvolvimento individual e colectivo”.

Por isso, apontou a necessidade de haver equilíbrio entre o crédito concedido ao Estado, em condições sustentáveis, e o empréstimo feito ao sector privado, factores que servem de caminho para participação da banca no desenvolvimento do país.

Relativamente ao Mercado de Capitais, referiu que os bancos ainda continuam a ser participantes importantes deste mercado, contribuindo para a sua liquidez, eficiência e desenvolvimento.

Por seu turno, o responsável da empresa de consultoria da PwC, Ricardo Santos, referiu que a banca angolana ocupa uma posição privilegiada, para ajudar o país a fazer avançar a agenda do ESG.

Reconheceu que os bancos têm capacidade para identificar projectos, empresas e actividades mais viáveis, acrescentando valor à economia e ter maior impacto social positivo.

Com isso, avançou, a banca cria oportunidades para se atrair mais negócios, abrindo porta aos financiamentos e investimentos internacionais e, desta forma, fazerem o seu balanço com maior diversificação sectorial de actividades e instrumentos utilizados.

Para materializar esse desiderato, Ricardo Santos sugere que as instituições financeiras devem continuar a se reinventar, tornando-se mais ágil e inovadoras, com o aumento da sua eficiência e competitividade.

Já o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel Tiago Dias, destacou a importância dos bancos na economia angolana, na medida em que a actividade bancária tem impacto directo na vida dos cidadãos.

De acordo com o gestor do Banco Central, a banca comercial pode incentivar as empresas a adoptarem práticas sustentáveis, através da concessão de empréstimos e financiamentos, assim como investir em projectos que promovam a sustentabilidade mediante a redução da pegada a carbono e a eficiência energética.

Apontou a adopção de novas tecnologias, como as que permitem o armazenamento de dados na nuvem, virtualização de servidores, postos de trabalho remoto, inteligência artificial e computação quântica, como exemplos de como os bancos se podem transformar internamente para se tornarem mais acessíveis.

“O sucesso de cada banco dependerá certamente da forma como integrará a sustentabilidade na sua missão, nos seus valores e na sua actuação diante das contrapartes e mercado concorrencial”, sublinhou.

Manuel Tiago Dias lembrou também que o BNA aprovou o seu Plano Estratégico 2023-2028, onde se prevê a modernização e inovação do sistema financeiro, que impõe modernizações tecnológicas e regulatórias para melhorar a eficiência do sistema financeiro e do sector bancário em particular.

Sustentou que inovações trazem benefícios, como uma maior eficiência produtiva e melhor alocação de recursos, ao mesmo tempo que ampliam o acesso dos cidadãos e das empresas ao sistema financeiro.

Sob o lema “Desafios, tendências e oportunidades da banca em Angola”, a 2ª edição da Angola Banking Conference contou com a participação de diversos peritos que debateram sobre assuntos relacionados com dados, inovação e cibersegurança, como motores da transformação digital, numa iniciativa conjunta da Revista Economia & Mercado e da PwC. CPM/QCB





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