Lobito - Os Estados Unidos da América vão investir 3,5 milhões de dólares (um dólar equivale a 946,41 kwanzas) para apoiar organizações locais na construção de infra-estruturas ao longo do Corredor do Lobito, soube esta quarta-feira a ANGOP.
O anúncio foi feito pelo representante da Agência dos EUA para o Desenvolvimento (USAID) em Angola, William Butterfield, na Conferencia de Coordenação de Apoio ao Corredor do Lobito, realizada naquela cidade ferroportuária.
O representante lembrou que, recentemente, a Corporação de Financiamento do Desenvolvimento dos EUA aprovou até 553 milhões de dolares para o Corredor Ferroviário Atlântico do Lobito, e o seu Banco de Importação e Exportação concedeu um histórico emprestimo de 1,6 biliões de dólares para apoiar 65 mini redes de energia solar em quatro províncias de Angola.
Segundo o responsável, ao conectar os principais mercados, o Corredor do Lobito criará inúmeras oportunidades de emprego, fortalecerá as economias locais e melhorará a qualidade de vida das comunidades ao longo do trajecto.
"O novo caminho de ferro Atlântico do Lobito é um dos mais importantes projectos de infra-estrutura de transporte que os EUA apoiam em África, em uma geração.", revelou.
Segundo ele, isto fortalecerá o comércio e o refrescamento regional e avançará a visão comum dos EUA de criar uma rede ferroviária interligada entre os oceanos Atlântico e Índico", escalareceu.
Um dos objectivos do Corredor, segundo William Butterfield, é aliviar o congestionamento nas rotas do sul, com as cidades de Durban e Beira, oferencendo uma alternativa de transporte.
"Este projecto vai além da infra-estrutura, é um compromisso colectivo entre os governos africanos e a comunidade de desenvolvimento para promover a integração regional e o crescimento económico", afirmou.
Na sua opinião, para que o Corredor do Lobito seja eficaz, não deve ser apenas uma infra-estrutura para exportação de minerais, criando dependência da extração de recursos.
Deve também apoiar a diversificação económica em Angola, investindo na agricultura, serviços e energias limpas.
"Estamos entusiasmados com esta reunião de coordenação e as oportunidades que ela oferece para avançar com o sucesso da energia de desenvolvento regional", afirmou.
Encorajou todos a participarem activamente, partilhar as suas ideias e colaborarem para alcançarr os objectivos comuns.
"Juntos podemos ver um impacto significativo no futuro deste projecto vital e contribuir para a prosperidade da região", perspectivou.
O Corredor do Lobito, também conhecido como Caminho de Ferro de Benguela (CFB), representa uma rota de transporte importante que conecta o interior africano ao Oceano Atlântico, incluindo nações sem acesso ao mar como a Zâmbia e a RDC.
Não é apenas uma rota comercial, mas também uma porta vital que abre esses países para os mercados globais, facilitando a exportação de minerais, produtos agrícolas e bens manufacturados.
As vantagens de utilizar vias férreas, como o Caminho-de-Ferro de Benguela, para o transporte de minerais são muitas. As ferrovias são mais eficientes para mover grandes volumes em longas distâncias em comparação com camiões.
Elas oferecem uma maior capacidade de carga por viagem, são mais eficientes em termos de consumo de combustível por tonelada de carga e têm um menor risco de acidentes e avarias, reduzindo assim a probabilidade de atrasos e danos à carga.
Além disso, os comboios são um meio de transporte mais amigo do ambiente, emitindo menos emissões de carbono por tonelada de carga. As ferrovias também desempenham um papel significativo na redução do congestionamento rodoviário, levando a tempos de entrega mais rápidos e confiáveis. TC/CRB