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Estudo aponta produtos agrícolas como potencial para exportação

     Economia              
  • Luanda • Quarta, 08 Maio de 2024 | 19h42
Cachos de banana em preparação
Cachos de banana em preparação
Emerson Hossi- ANGOP

Luanda – O Programa de Assistência ao Comércio em Angola (ACOM), financiado pela União Europeia, aponta os produtos agrícolas e pesqueiros, como o café, mel, ananás, a banana, madeira e recursos marinhos, como potenciais bens que podem potenciar cada vez mais o processo de exportação no país.

O facto foi manifestado esta quarta-feira, em Luanda, pelo consultor Samuel Zita, quando apresentava os resultados alcançados por esse projecto, no período 2016-2023, tendo referido que a respectiva sondagem resulta das pesquisas efectuadas por vários especialistas nesta fase.

Na ocasião, a fonte destacou, igualmente, o processo de negociação da oferta tarifária de Angola ao nível da Zona de Comércio Livre da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral como um dos benefícios dessas pesquisas.

Por outro lado, Samuel Zita defendeu a necessidade de se começar a criar, através de planos concretos, uma base objectiva para atingir a médio ou longo prazo o desenvolvimento do país.

Para isso, sugeriu que as responsabilidades sejam partilhadas, cabendo ao sector privado mobilizar ou atrair investimentos para as áreas  das cadeias de valor específicas identificadas no referido programa.

“Com investimento privado, o objectivo final será produzir, satisfazer as necessidades do mercado doméstico e exportar o excedente, facto que permitirá criar mais empregos no país”, acrescentou.

Por seu turno, a secretária de Estadopara o Comércio, Augusta Fortes, disse que os recursos financeiros disponibilizados pela União Europeia para assistência técnica e estudos realizados foram de 8.5 milhões de euros.

A dirigente referiu que o programa beneficiou mais de seis mil pessoas do sector público, privado, academia e organizações não governamentais.

Com um valor global de 12 milhões de euros, o ACOM consistiu em providenciar assistência técnica ao Governo, entidades públicas nacionais, que têm a tarefa de implementar a Agenda do Comércio em Angola, bem como diferentes entidades nacionais directa ou indirectamente ligadas ao sector.

Augusta Fortes reconheceu a utilidade e a contribuição desse programa, assim como apontou a criação da Lei do Investimento Privado e a proposta do Regulamento do Comércio Externo como factores fundamentais para reforçar as exportações do sector não petrolífero.

Lembrou que, actualmente, o Governo angolano está focado no fomento da produção e diversificação de produtos que deverão ser exportados, com padrões internacionais aceites. ML/QCB





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