Huambo – O encarregado de Negócios da Embaixada dos Estados Unidos da América em Angola e São Tomé, James Story, reafirmou, esta terça-feira, no Huambo, o compromisso do investimento americano no Corredor do Lobito.
“Os Estados Unidos estão a trabalhar com outros sete países, para mostrar o compromisso da comunidade internacional e do Governo americano sobre a pretensão de promover a prosperidade dos angolanos”, rematou o diplomata.
James Story falava à imprensa, no final de um encontro do governador da província do Huambo, Pereira Alfredo, os embaixadores da Bélgica, Canadá, Coreia, Norway, Nações Unidas, Portugal, Roménia, Reino Unido, União Europeia e os encarregados de negócios das embaixadas da Espanha, Holanda, Suécia e Suíça.
O diplomata acrescentou que o investimento no Corredor do Lobito é a 100 por cento, numa altura em que decorrem projectos de energia solar, da linha férrea, agricultura e outros, em conjunto com o povo angolano, com o Governo da Angola e com a comunidade internacional.
Na sequência, a coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas em Angola, Zahira Virani, disse estar satisfeita por estar na província do Huambo, sobretudo, com a delegação de alto nível dos investidores, pois para a organização que representa o mais importante é o facto de o Corredor do Lobito, que diz conhecer muito perfeitamente, traz para Angola um desenvolvimento sustentável.
Considerou que o Corredor do Lobito traz, igualmente, consigo o emprego e a prosperidade para o povo angolano, na medida em que não é só um investimento nas infra-estruturas, mas na população local, tanto na agricultura, como nas cadeias de valores.
“Por isso, estamos aqui para promover o investimento, não apenas nas infra-estruturas, mas o desenvolvimento de Angola, sem deixar ninguém para atrás”, concluiu.
Por sua vez, a embaixadora da União Europeia em Angola, Rosário Bento Pais, disse que a organização já está a investir no projecto do Corredor do Lobito, sobretudo, pelo facto de o consórcio das três empresas encarregues pela exploração desta linha ser europeu.
Referiu que a União Europeia fez um memorando de entendimento com os Estados Unidos da América, Angola, Zâmbia e a República Democrática do Congo para, exactamente, poder ter um desenvolvimento sustentável do Corredor do Lobito, de modo a não ser um corredor de transporte, mas económico.
A estratégica, disse, visa promover o desenvolvimento de todas as diferentes políticas sectoriais, para que sejam elas da cadeia de valores agrícolas, da energia, da digitalização, da formação e da governança económica, para criar um bom ambiente de investimento para as empresas privadas e para atrair investidores privados.
Salientou que o interesse da União Europeia é fazer com que o corredor seja sustentável e que tenha em consideração o desenvolvimento social da população local e, ao mesmo tempo, que proteja o ambiente, numa altura em que se está a desenvolver um projecto para a protecção da biodiversidade ao longo do traçado.
Acrescentou que a União Europeia está a investir através do sector privado europeu, em particular, de Portugal, Bélgica e França, pois a ideia passa em continuar a fazer essa atracção do sector privado e dar toda a facilitação e ajuda técnica, para poder criar esse bom ambiente de negócio, trazendo empresas e, ao mesmo tempo, proteger a população local, com a criação empregos e protecção do ambiente.
Por sua parte, o governador da província do Huambo, Pereira Alfredo, disse que aproveitou transmitir à delegação, encabeçada pelo encarregado de Negócios da Embaixador dos Estados Unidos da América, James Story, a importância do Corredor do Lobito, enquanto projecto fundamental para o alcance do desenvolvimento almejado.
Explicou que durante o encontro foi reafirmado o desejo dos investidores em continuarem a trabalhar para o desenvolvimento do Corredor do Lobito, que significa dizer que o investimento vai continuar a ser feito, pelo facto de o Huambo acolher duas importantes infra-estruturas para o processo de acomodação da produção.
Lembrou tratar-se da Plataforma Logística da Caála e do Pólo de Desenvolvimento Industrial no seu todo, cujos investimentos estão a ser feitos a medida que haverá os interessados a desembolsar os recursos necessários para a promoção do progresso, daí a razão de o Huambo estar de parabéns por ser escolhida desta expedição dos embaixadores.
O Corredor do Lobito, com mil 300 quilómetros, começa no Porto do Lobito, banhado pelo Oceano Atlântico, atravessa Angola do Oeste ao Leste, passando pelas províncias de Benguela, Huambo, Bié, Moxico e Moxico-Leste, estendendo-se às áreas de mineração da província de Katanga (República Democrática do Congo) e de Copperbelt (Zâmbia).
O Caminho-de-Ferro de Benguela, que na província do Huambo, atravessa os municípios do Chinjenje, Ucuma, Longonjo, Caála, Huambo, Chicala-Cholohanga e Cachiungo, possui 67 estações do Lobito ao Luau, no Moxico-Leste. ZZN/ALH