Luena – A especulação dos preços e a baixa qualidade de alguns produtos, com destaque ao peixe fresco, nos armazéns da cidade do Luena, província do Moxico, estão a comprometer a preparação da quadra festiva de muitas famílias.
A ANGOP fez uma ronda aos principais armazéns da circunscrição, hoje, segunda-feira, e constantou que o preço do peixe subiu drasticamente, num intervalo de 30 dias, sendo que uma caixa de 20 kg de Curvina passou de 50 mil kwanzas para Kz 68 mil.
Já a caixa de peixe carapau fino de 20 kg está, actualmete, a custar 40 mil kwanzas, contra os Kz 25 mil praticados há um mês, enquanto o pescada subiu de Kz 25 mil para Kz 46 mil.
Entretanto, apesar do alto custo, alguns consumidores, interpelados pela ANGOP, reclamam a falta de qualidade e reduzido tamanho deste produto, como é o caso da enfermeira Patrícia Amélia, de 43 anos, que prevê uma quadra festiva “longe do comum”.
“As coisas estão difíceis, os preços continuam a subir de forma assustadora”, lamentou.
Na mesma perspectiva, um quilograma de açúcar, produto muito consumido nesta fase do ano, registou uma subida de 600 kwanzas, estando a ser comercializado a Kz mil e 800 , enquanto uma lâmina de ovo saiu de quatro mil e 800, variando entre 5.000,00 a 5.300
O arroz registou ligeira subida de 500 e 600 kwanzas, sendo que 25 kg deste produto varia entre Kz 20 mil a 25 mil, dependendo da marca.
Já 25 kg de farinha de trigo subiu para os 16.500,00 actuais, contra 15 mil anteriores, enquanto a caixa de óleo vegetal passou de Kz 28 mil para 31 mil kwanzas.
No sentido oposto, a caixa de coxa registou uma redução de 21 mil kwanzas para Kz 17 a 18 mil , enquanto a caixa de massa alimentar mantém-se nos 8.500,00.
A consumidora Adriana Piedade, 37 anos, disse que para mitigar o impacto da subida dos preços, as famílias estão a optar pela prática denominada "sociedade dos produtos”, bem como optar por adquirir produtos essenciais para o asseguramento da quadra festiva.
Por sua vez, o comerciante Mohamed Dialo, aponta o custo da transportação e o alto preço dos produtos na capital do país (Luanda) como as razões que estão na base do suposto ajustamento dos preços dos bens alimentares. ISAU/TC/HD