Malanje- A estratégia de alívio da actual situação económica do país, anunciada pelo Executivo, é aplaudida por especialistas em matéria económica, considerando que a mesma visa reduzir o custo de vida das famílias, impulsionar a produção e aliviar as despesas públicas.
De acordo com economistas entrevistados hoje, terça-feira, pela ANGOP, a medida representa uma mais-valia, porquanto vai estimular o aumento da produção nacional, mediante a disponibilização de apoios financeiros capazes de elevar os níveis de cultivo e reduzir a importação de bens de primeira necessidade.
O economista Francisco Tavares considerou que uma das acções que se impõem para devolver o poder de compra às famílias é a redução do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) para os bens alimentares, de 14 para 7 por cento, que entra em vigor em Janeiro de 2024, permitindo maior “desafogo” aos agregados.
Ressaltou igualmente o apoio à actividade agro-industrial, mediante a garantia de incentivos aos operadores, como um aspecto que vai revitalizar o tecido industrial, enquanto factor primordial para agregar valor aos produtos do campo.
Entretanto, entende ser urgente a implementação do seguro agrícola, para que os produtores possam estar protegidos contra eventuais perdas resultantes de desastres naturais ou de outra natureza.
Enquanto isso, o economista Santos Vilola, aplaudiu a estratégia do Executivo voltada a redução da documentação até então exigida para a legalização da actividade económica e o alargamento do prazo de validade do alvará comercial, através do projecto SIMPLIFICA.
Realçou que isso alivia as despesas e facilita o operador económico a desenvolver os seus negócios, para além de contribuir na desburocratização dos serviços públicos.
A mesma ideia é comungada por Filipe Bondo, especialista em mercados financeiros, assinalando que as medidas de emergência económica vão reduzir as despesas e melhorar o ambiente de negócios e quiçá estabilizar a economia a longo prazo.
Frisou que a implementação destas medidas vão permitir haver uma contrabalança entre o que se arrecada e o que se gasta, imprimindo maior equilíbrio nas despesas públicas.
A estratégia de alívio da situação económica do país está assente em quatro eixos, designadamente, o aumento da produção nacional, apoio financeiro à produção, simplificação tributária e melhoria do ambiente de negócios. ACC/NC/PBC
