Luanda – O economista-chefe do Standard Bank para Angola, Moçambique e República Democrática do Congo (RDC), Fáusio Mussá, sugeriu, esta terça-feira, em Luanda, a necessidade dos agentes económicos angolanos expandirem mais as suas trocas comerciais, para reforçar a arrecadação de divisas no país.
Ao participar na cerimónia de apresentação do Relatório sobre as "Perspectivas económicas regionais da África Subsariana: Uma recuperação tímida e dispendiosa", feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o especialista reconheceu os esforços do Executivo angolano para a melhoria do ambiente de negócio, sublinhando a importância do investimento privado para o crescimento económico.
Segundo o economista, os avanços verificados na economia angolana demonstram que é possível implementar políticas económicas para melhorar a vida das populações.
Por outro lado, Fáusio Mussá apontou também a necessidade de se apostar na educação e melhoria do ensino, para o aumento de técnicos capacitados em vários sectores da economia do país.
“Angola não pode ficar atrasada em relação ao resto do mundo, há necessidade de se melhorar os aspectos da educação com aposta nas tecnologias e outros sectores”, acrescentou.
Por sua vez, a embaixadora da União Europeia em Angola, Rosário Bento, considerou fundamental que o país comece a desenvolver produtos que possam ser exportados, com vista o aumento de divisas que tragam crescimento económico local.
De acordo com a diplomata, o país está no bom caminho, em termos de reformas económicas, um processo estrutural que leva algum tempo para colher os seus frutos.
Sublinhou ainda a necessidade de se desenvolver a economia através da diversificação económica, que é uma das prioridades do Executivo angolano.
Rosário Bento assegurou que esse desafio também faz parte das prioridades do programa da UE para Angola, com um orçamento de 275 milhões de euros para 2021/2024.
Para além da diversificação económica, esse valor abrange, igualmente, o Corredor do Lobito, com 43 milhões de euros, energia eléctrica e agricultura, que prevê formar perto de 60 mil cidadãos a nível nacional, além da criação de emprego para jovens e mulheres, bem como a governança.
Por outro lado, a embaixadora apontou a apresentação do Relatório sobre as "Perspectivas económicas regionais da África Subsariana: Uma recuperação tímida e dispendiosa" como um instrumento com uma visão muito clara do que é necessário para estabilidade económica e a necessidade de se investir nas finanças públicas. ASS/QCB