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Especialista sugere literacia para travar mineração de criptomoedas

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  •  • Sexta, 28 Fevereiro de 2025 | 17h03

Luanda – O especialista em Gestão de Redes de Computadores e Sistema de Informação, Yuri da Silva, sugeriu, esta sexta-feira, em Luanda, maior preparação e formação dos órgãos de investigação criminal e de justiça, para prevenção e combate à actividade de mineração de criptomoedas no país.

Em declarações à ANGOP, sobre o impacto negativo da mineração de moedas digitais, sublinhou que, apesar da proibição legal, o país está vulnerável a esta prática, por conta da baixa literacia digital, sobretudo por parte dos órgãos que intervêm na administração da justiça.

Considerou que os meios actualmente usados por estas instituições não têm robustez necessária para realizar perícias e detectar indícios desta acção, pelo que entende serem também necessários equipamentos sofisticados para fazer face aos usados pelos mineradores, maioritariamente de origem asiática.

“Os centros de mineração de moedas virtuais consomem grande quantidade de energia, por isso, neles são instalados Postos de Transformação de Electricidade, ligados ilegalmente à rede pública”, salientou.

Apontou ainda que geralmente está subjacente a ela outras práticas lesivas ao Estado, como branqueamento de capitais, fuga ao fisco e outras, visto que as transacções são “peer to peer”, ou seja, par a par, sem intermediação de um órgão regulador.

Minerar criptomoedas é uma forma de gerar novas moedas digitais e confirmar as transacções que acontecem na rede. Para efectuar esta operação, são necessárias habilidades de resolver equações matemáticas complexas, usando equipamentos e programas especializados.

O processo, que requer hardwares específicos, apresenta como recompensa pelo poder computacional e o aumento da segurança da rede, novas criptomoedas das blockchains (cadeia de blocos) em que actuam.

As principais criptomoedas do mercado de activo virtual são Bitcoin, Ethereum, Tether USDt, BNB, Solana, USDC, XRP, Dogecoin, Toncoin e Cardano, sendo a primeira a mais valorizada.

Em Angola, esta prática constitui crime, fruto da aprovação da lei n.º 3/24, de 10 de Abril, que proíbe a mineração de criptomoedas e outros activos virtuais.

Angola tem desenvolvido uma campanha de prevenção e combate à actividade de mineração de criptomoedas.

Quatro estaleiros clandestinos de mineração ilícita de criptomoedas foram desmantelados, no presente mês, nas províncias de Luanda e do Huambo, pelo Serviço de Investigação Criminal.

A operação de desmantelamento aconteceu de 30 de Janeiro a 10 de Fevereiro do corrente ano, como resultado de acções investigativas de repreensão à actividade ilícita de mineração de criptomoedas no território nacional.ACC/ASS





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