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Saída da Galp era previsível e Somoil deve avançar - Especialista

     Economia              
  • Luanda • Quinta, 16 Fevereiro de 2023 | 20h42
Angola tem quadros qualificados, experiência e tecnologia para investir na Namíbia
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Divulgação

Luanda - O especialista em petróleo e gás Patrício Wanderley Quingongo disse esta quinta-feira que a saída da empresa Galp em Angola já era previsível e a petrolífera privada nacional Somoil deve aproveitar a oportunidade para avançar a sua posição no mercado de "oil and gas".

Patrício Quingongo, falava à ANGOP, à propósito do anúncio sobre venda dos activos de produção da Galp em Angola, por cerca de 830 milhões de dólares.

Se a compra da participação da Galp pela Somoil se concretizar, de acordo com o especialista, a Sonangol também  marca   um passo, tornando-se na petrolífera nacional com maior activos na indústria de petróleo angolana.

"Será também uma outra oportunidade das empresas angolanas alavancar a sua participação na indústria de petróleo e gás", avançou o especialista e presidente da  Comissão Executiva da consultora nacional, PetroAngola.

Segundo o especialista, era expectante  que essa operação acontecesse  a curto prazo, referindo que empresa portuguesa, a GALP, já foi dando sinais.

Por outro, a empresa, a Galp, a nível central tem se focado  mais nas  energias renováveis, tendo  desenvolvido projectos nesta magnitude.

A empresa tem activos de exploração e  produção em Angola e no Brasil, mas  com maior incidência naquele país da americana latina.

A Galp está  a abandonar a actividade petrolífera Angola para focar-se  em projectos mais verdes,  como a transição energética.

De acordo com a notícia publicada pela imprensa portuguesa, a que ANGOP teve acesso, a Galp assinou um acordo com a Somoil, Sociedade Petrolífera Angolana para a venda dos ativos de exploração petrolífera em Angola, por cerca de 830 milhões de dólares (pouco menos de 800 milhões de euros), líquido de impostos sobre mais-valias, sendo 655 milhões para serem recebidos quando a operação estiver concluída e 175 milhões de pagamentos contingentes em 2024 e 2025, dependentes do preço do petróleo.

O anúncio da empresa portuguesa, feito num comunicado, faz menção que a companhia espera concluir a operação na segunda metade de 2023.

A transação vai permitir à Galp cristalizar valor dos seus ativos maduros de upstream (produção) e apoiar um portefólio diferente e estratégia de descarbonização. 

A Galp está também confiante que a Somoil, já presente no bloco 14, desenvolva fortemente estes activos, onde a Galp está há muitos anos.

A empresa acrescenta que os activos, incluídos na transação são do bloco 14 (9% Galp): Tombua, Landana, BBLT – Benguela, Belize, Lobito, Tomboco, Kuito, No bloco 14K (4,5% Galp): Lianzi, No bloco 32 (5% Galp), Kaombo (em operação) e CNE (em desenvolvimento).NE/AC





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