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ESG em Angola é um desafio de reconversão económica -PwC

     Economia              
  • Luanda • Quinta, 16 Março de 2023 | 17h59
Vista aérea Baía e Marginal de Luanda
Vista aérea Baía e Marginal de Luanda
Pedro Parente

Luanda – O director da consultora PwC, Nuno Cordeiro, afirmou, esta quinta-feira, que a implementação dos aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG sigla em inglês), em Angola, constitui um desafio de reconversão do modelo da economia, enquanto para Europa é um repto de transição económica e energética.

Nuno Cordeiro justifica sua posição, considerando o facto de o país ter apenas um peso nas emissões  globais de CO2 de 0,21%,  um  consumo energético com origem hídrica ou renovável de 66%,  além da disponibilidade de  100% de capacidade própria  de produção  energética.

Com base nestes indicadores, realçou Nuno Cordeiro, que falava na primeira edição do “Angola Banking Conference”, nos aspectos do ESG em Angola não está em causa a transição energética, mas o mesmo pode evidenciar uma necessidade de reconversão do modelo económico.

No seu entender, deve-se identificar e definir actividades estratégicas para o país no quadro da reconversão do modelo económico e menciona alguns sectores prioritários, com destaque para os transportes, electricidade e água e telecomunicações e saúde.

 No caso dos transportes, por exemplo, referiu-se a desafios relacionados às lacunas na actual infra-estrutura  e nas respectivas  operações,  o impacto no desempenho do sector logístico, custos de conectividade do transporte  transatlântico.

Apesar de observar melhorias no sector da energia, avançou desafios em torno da limitação da oferta para a actividade empresarial e industrial, bem como nas zona rurais.

Bancos devem ser parte activa

 Apontando as instituições bancárias, disse que essas devem entender o ESG  como uma “feliz coincidência”, visto que a gestão dos riscos será feita pelo negócio.

O especialista chama os bancos a ser parte activa na estratégia de reconversão, promovendo políticas de diversificação  sectorial, com base na lógica de negócio e risco.

Na ausência de uma “taxonomia” nacional, sugere aos bancos a adopção de uma  interna, definindo características das actividades a financiar e alinhá-las à estratégia económica do país.

Defende também a necessidade da inovação  da oferta de soluções  de financiamento, com base na componente social e ambiental.

No âmbito desses desafios, apela aos bancos a evitarem abordagens extremas, como a proibição de financiamento a certos sectores.

Durante a apresentação, Nuno Cordeiro lamentou o facto da discussão sobre o ESG  ter décadas, mas observar-se pouca clareza  sobre os seus objectivos.

Entre as várias discussões já desenvolvidas em torno do tema, aponta a conferência das Nações Unidas sobre  o meio ambiente  e o desenvolvimento (1992), COP3-Protocolo  de Quioto (1997), Acordo de Paris (COP21-2015),  Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (2015), Cimeira um Planeta (2017), entre outros.NE/PPA





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