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Escassez de gás butano deve-se à ineficácia dos distribuidores – Sonangol

     Economia              
  • Luanda • Sexta, 24 Dezembro de 2021 | 08h52
Um centro de stockagem de gás butano (foto ilustração)
Um centro de stockagem de gás butano (foto ilustração)
Kinda Kyungu

Luanda - As escassezes pontuais de gás butano, vulgo “gás de cozinha”, no mercado nacional deve-se à ineficiência dos distribuidores, uma vez que o país é auto-suficiente na produção desse produto, disse  quinta-feira, em Luanda, o presidente do Conselho Executivo da Unidade de Negócio de Gás e Energias Renováveis (UNGER) da Sonangol, Manuel Barros.

Na generalidade, as ocasionais faltas de gás de cozinha não tem nada a ver com problemas de produção, sendo que actualmente o país produz duas mil toneladas métricas de gás butano/dia, suficientes para atender a necessidade do mercado, reforçou o responsável, quando falava num seminário sobre “Posicionamento de Comunicação e Marca Sonangol como Valor Noticioso “.

No encontro, dirigido a jornalistas económicos, Manuel Barros fez saber que há alguns anos que a Sonangol passou a terceiro a actividade de distribuição do produto (Gás butano), abrindo espaço para entrada de novos operadores nacionais no mercado.

Durante a sua abordagem centrada na “Cadeia de Valor do Negócio de Gás e Energias Renováveis”, o responsável informou que a actividade de distribuição do gás butano está assegurado por 14 instalações de enchimento para botijas de 3.5 a 50 quilos, em Luanda, e 12 distribuídas nas restantes províncias do país.

Por outra, o presidente do Conselho Executivo da UNGER sublinhou que o país, por meio da Sonangol, já deu passos seguros rumo ao desenvolvimento de energia renováveis, com dois projectos em cursos nas províncias da Huíla (central solar fotovoltaica (PV) de Quilemba) e no Namibe (projecto fotovoltaico de Caraculo).

Central solar fotovoltaica de Quilemba

A Sonangol, Total Eren e Greentech, assinaram em Outubro deste ano, um acordo de parceria na central solar fotovoltaica (PV) de Quilemba, localizada na cidade do Lubango, província de Huíla.

Segundo informação da Sonangol, a empresa terá uma participação de 30% no projecto solar Quilemba (“Quilemba Solar”), enquanto Total Eren e a Greentech deterão 51% e 19%, respectivamente.

Esta parceria será fundamental para a finalização do desenvolvimento e implementação do projecto solar Quilemba, permitindo, com a sua entrada em funcionamento, poupanças significativas de combustível líquido, se comparado com as centrais térmicas existentes.

Com o acordo, aumentará a capacidade de produção de energias limpas no sul de Angola, em linha com a forte ambição do país para o sector das energias renováveis.

Projecto fotovoltaico de Caraculo

A SOLENOVA (Eni e Sonangol) chegou este ano à Decisão Final de Investimento (FID) e assinou o contrato de Engenharia, Aprovisionamento e Construção (EPC) para a primeira fase do projecto fotovoltaico de Caraculo, localizado na província do Namibe, cujo início dos trabalhos estão previstos para o quarto trimestre de 2022.

Segundo uma nota da Sonangol, a que ANGOP teve acesso, a central fotovoltaico terá uma capacidade total de 50 MWp, a ser construída por fases, sendo a primeira fase de 25 MWp, sob égide da SOLENOVA, joint venture (empresa conjunta) da Eni e da Sonangol para o desenvolvimento de projectos de energias renováveis.

Esta iniciativa está alinhada com a estratégia de Angola no sector eléctrico, que visa promover as energias renováveis, reduzir o consumo de diesel e os custos operacionais.

O seminário, promovido pela Associação de Jornalistas Económicos de Angola (AJECO) e que juntou profissionais dos órgãos de Comunicação Social públicos e privados, abordou questões como as cadeias de valores dos negócios da Sonangol.





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