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EPAL promete mais água em 2024

     Economia              
  • Luanda • Sábado, 27 Janeiro de 2024 | 12h32
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Logotípo da EPAL
Logotípo da EPAL
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Tubagem nas infra-estruturas da EPAL - EP
Tubagem nas infra-estruturas da EPAL - EP
Herlander Massaqui-ANGOP

Luanda – A Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL) reafirmou o compromisso de melhorar e aumentar, este ano, o abastecimento do líquido precioso, à capital do país, com o reequipamento tecnológico e electromecânico das suas estações de tratamento e distribuição.

A promessa foi reiterada recentemente pelo director de Comunicação, Marketing e Relações Institucionais da empresa, Vladimir Henda Bernardo, em entrevista à ANGOP, em Luanda.

Segundo o responsável, este plano consta da estratégia 2023/2027 que também prevê a instalação de contadores pré-pagos em todas centralidades e urbanizações da cidade capital bem como nos “grandes clientes”.

Até Março próximo, vai-se fazer o lançamento do concurso público para a instalação de  contadores nas centralidades do Kilamba, do Sequele, do Zango 8 mil e na urbanização Mayé Mayé, anunciou.

Vladimir Henda Bernardo indicou que, a título experimental, já foram montados contadores pré-pagos nos grandes consumidores (condomínios e segmento empresarial) e em centralidades como Kilamba, KK 5000, Zango 8 mil e Quilómetro 44 (km 44).

Esclareceu que a intenção é evitar o desperdício e manter melhor controlo das facturas dos clientes, para melhorar a tesouraria da empresa e trazer mais água para as famílias.

A partir ainda do primeiro trimestre deste ano, disse, a EPAL vai terciarizar o processo de cobrança e redistribuição, à semelhança do que fazem os agentes autorizados da ENDE (Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade).

“Vamos proceder ao concurso para fazer o agenciamento de vários bairros, com vista a criar maior proximidade com os clientes licenciandos e agentes, para ajudar no abastecimento e na colheita da facturação do consumo dos clientes”, enfatizou.

Acções de melhoramento em 2023

Ainda no quadro da melhoria do abastecimento e da minimização da carência de água em alguns bairros de Luanda, a EPAL realizou novas ligações, religações de rede e interligações de condutas já existentes, em diferentes zonas de Luanda.

Neste capítulo, destacou, foram lançadas novas condutas e instalados dispositivos hidráulicos (válvulas) que permitiram  abastecer algumas zonas, em dias alternados, tendo em conta os défices de produção para atender às necessidades actuais de Luanda, estimadas em mais de três milhões de metros cúbicos de água.

A título de exemplo, apresentou o município do Kilamba Kiaxi, onde a interligação de condutas e a abertura de válvulas “resultaram em mais de nove mil ligações”, em alguns sectores do distrito urbano da Sapú (8 e 9) e nas subzonas (10 até 19) do distrito urbano do Golf.

Por sua vez, prosseguiu, o município de Viana beneficiou de uma conduta de 315 milímetros de diâmetro e três quilómetro de extensão, e de um “booster” (equipamentos hidropressores para o recalque), o que permitiu levar água em cerca de 10 mil ligações domiciliares, executadas em Mirú, Mamã Gorda, Mulenvos de Cima.

Vladimir Bernardo acrescentou que, em Dezembro, a EPAL fez, no Condomínio Vida Pacífica, a interligação de condutas para abastecer os reservatórios que estão a beneficiar 10 edifícios, totalizando 1.120 apartamentos da zona-2 da referida centralidade.

Igualmente, na mesma circunscrição, as famílias dos edifícios dos blocos 6,7,8 e 11, que estavam sem água há mais de dois anos, “já consomem água da rede”.

Quase na mesma altura, foi reposta água, em 125 residências que, devido aos trabalhos de requalificação das vias, estavam sem água, há cerca de oito meses, na rua Cidade de Beja no bairro Popular.

De igual modo, em Cacuaco, a Centralidade do Sequele, a Urbanização Mayé Mayé, Panguila, Vila de Cacuaco e  Mulenvos de Baixo e arredores viram o abastecimento de água melhorado, “de forma significativa”, com a entrada em funcionamento da fase três da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Candelabro.

A estação passou dos anteriores 120 mil metros cúbicos por dia, para 210 mil metros cúbicos diários.

Actualmente, o universo de clientes da EPAL cifra-se em 410 mil clientes, dos quais cerca de 400 mil são particulares e os restantes 10 mil estão nos segmentos do comércio, da indústria, dos serviços e do Estado.

Para facilitar a vida dos clientes na liquidação do consumo, a EPAL dispõe de uma rede de 21 agências físicas, uma agência virtual e 13 postos de cobrança, para além dos meios electrónicos como ATM, Multicaixa Express, Internet Banking, Aki Paga, Aki e agentes autorizados, explicou.

Conforme Vladimir Bernardo, os clientes tem ainda a possibilidade de negociar a sua dívida, para fazer face ao elevado número de consumidores que apresentam facturas acumuladas, criando enormes transtornos à empresa e colocando em risco o abastecimento regular do líquido precioso.

“A falta do pagamento regular compromete o asseguramento do funcionamento das infra-estruturas de captação, produção e distribuição de água potável”, asseverou o director de Comunicação.

Ou seja, pretende-se um maior enfoque na aérea comercial para atingir a auto-sustentabilidade, com o agenciamento dos bairros, para criar maior proximidade com os clientes, através de agentes licenciados que vão ajudar no abastecimento e no controlo de receitas

Mais de metade de Luanda sem água

Actualmente, a população da capital angolana com acesso à agua canalizada está estimada em perto de 40%, enquanto a outra parte depende de alternativas como camiões-cisternas e fontanários.

Para inverter o quadro, dois “grandes projectos” estão em desenvolvimento, denominados sistemas 4 (Bita) e 5 (Quilonga), com capacidade de produzir 750 mil metros cúbicos de água por dia.

Esta produção vai perfazer mil 500 metros cúbicos de água por dia, o suficiente para satisfazer as necessidades de mais de sete milhões de famílias, explica Henda Bernardo.

O sistema “Bita” terá 100 mil metros cúbicos de armazenamento, 65 quilómetros de condutas adutoras, 3.700 quilómetros de rede de distribuição e 170 mil ligações domiciliares para abastecer três mil 800 pessoas.

Os beneficiários serão os habitantes da zona sul e sudeste de Luanda, no município de Belas, distritos do Quenguela, Vila Verde, Cabolombo, Ramiros, Morro dos Veados, assim como algumas zonas do Benfica e Camama.

Por seu turno, o sistema cinco, conhecido por “Quilonga Grande”, vai derivar 518 mil metros cúbicos de água por dia para atender à zona Norte e Nordeste de Luanda, nos municípios de Viana, Icolo e Bengo e Cacuaco.

Os dois sistemas, actualmente em fase inicial, têm uma duração de 36 meses, para entrar em operação até 2026.

A par destes dois grandes projectos, está também prestes a arrancar o projecto  PROÁGUA, que irá reforçar a capacidade operacional da EPAL, nos próximos três anos.

Este projecto visa o aumento da produção nos sistemas existentes, a melhoria da rede de distribuição de água e o funcionamento optimizado, com a redução das perdas da rede, associado à melhoria operacional da gestão de clientes, aumento de receitas e transferência de tecnologia. OPF/AC/IZ





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