Luanda - A diamantífera angolana Endiama e a sua homóloga Taaden de Omã rubricaram, segunda-feira, um acordo de prospecção nos campos de Catoca e Luele, dando continuidade aos serviços anteriormente prestados pela empresa russa, Alrosa.
A propósito, o presidente do Conselho de Administração da Endiama, Ganga Júnior, aventou a possibilidade de se avançar para a exploração subterrânea, contrariamente a mineração a céu aberto como tem sido no quimberlito de Catoca.
Para o gestor, o convénio pretende incrementar a produção e diversificar as minas.
Lembrou que o campo Luele, inaugurado em finais de 2023, está hoje com um terço da sua capacidade de produção projectada, tendo registado, em 2024, seis milhões de quilates.
Para 2025, avançou, prevê-se a criação de condições para aumentar a produção, até 18 milhões, porém com uma média anual de 14 milhões de quilates.
Relativamente ao apoio às empresas com maior dificuldade para rentalizar o trabalho, Ganga Júnior fez saber que as sociedades de Luminas e Lunhinga beneficiaram, em 2024, de 20 milhões de dólares cada uma.
Por seu turno, o presidente da Taaden, Abdul Aziz Al Maqbali, mostrou-se satisfeito pela oportunidade encontrada em Angola e garantiu que o investimento vai continuar activo. Revelou que esta é a primeira operação da sua empresa em África.
Já o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, considerou que o evento representa o culminar de duas fases de negociação entre o Governo de Angola e da Rússia, que chegaram a um entendimento.
Reiterou que o processo de reestruturação da Endiama, que decorre desde 2017, traz como plano a diversificação das parcerias e a organização da comercialização dos diamantes, com mais abertura, mais transparência e com melhoria de receitas.
O aumento do corte e da lapidação de diamantes fazem igualmente parte dos objectivos da Empresa Nacional de Prospecção, Exploração, Lapidação e Comercialização de Diamantes de Angola E.P. (Endiama), dai o novo acordo.
A Taaden é uma companhia do sultanato de Omã detida em 10% pelo Fundo Soberano deste país. É subsidiária da Maaden Internacional Group, que opera no sector mineiro pelo mundo, com 41% das acções da mina de Catoca e também a participação indirecta da Alrosa no projecto Luaxe. ML/QCB