Talatona - A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) regista uma baixa taxa de cobrança, na ordem dos 46 por cento, informou sexta-feira o ministro da Energia e Água, João Baptista Borges.
O governante, que falava à margem da cerimónia de encerramento do 13º Conselho Consultivo do sector, considerou insatisfatória a tarifa de cobrança feita, face aos custos operacionais da empresa, situação causada devido às ligações ilegais de electricidade e a dificuldade de cobrar certas facturas.
Destacou a necessidade de se aumentar as receitas e reduzir as despesas para garantir os recursos financeiros necessários.
Quanto às expectativas em relação à instalação de cerca de um milhão e 250 mil contadores, financiados pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e pelo Banco Mundial (BM), frisou que a medida ajudará a reduzir algumas perdas comerciais, mas não resolverá todos os problemas do sector.
Face aos desafios registados nos métdos de cobrança, o ministro defende a necessidade de se reorganizar as áreas comerciais, implementar regras e métodos eficazes de gestão e melhorar o atendimento ao cliente, de maneira a tornar os serviços mais célere.
Explicou que o aumento das receitas é crucial para que as empresas, prestadoras dos serviços à ENDE, possam cobrir os custos operacionais, tais como salários e fornecimento de peças.
Ressaltou que o sector de energia e água dependem das receitas diárias geradas pelas cobranças, razão pela qual a eficiência no processo de facturação tornou-se uma prioridade.
O governante explicou que a ENDE tem aproximadamente dois milhões de consumidores, dos quais cerca de 600 mil utilizam contadores pré-pagos.
O 13º conselho consultivo decorreu sob o lema" Energia e Águas- Desafios e Soluções para a Expansão e Sustentabilidade do Sector".
Durante dois dias abordaram temas como" Inovação, atracção de Investimento e Desafios Regulatórios, Desafios e Soluções Para a Expansão e Sustentabilidade no Sub-Sector Empresarial de Águas. GIZ/MAG
