Lubango – A dívida de consumidores de energia eléctrica do sistema pós-pago da Huíla à Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) atingiu, este mês, os 12 mil milhões de kwanzas, na sua maioria o calote é de empresas públicas e de pessoas singulares.
Na Huíla a ENDE controla perto de 109 mil clientes, apenas perto de 25 por cento estão no sistema pré-pago que garante a liquidação regular do consumo. Parte do calote dura mais de 20 anos.
Em declarações hoje, terça-feira, à ANGOP, o director da ENDE/Huíla, Felisberto Gomes, admitiu que é um quadro que dificulta novos investimentos.
Para inverter a situação, disse a fonte, a ENDE está investir na aquisição de tecnologia do sistema pré-pago, para que a carteira de clientes nesse regime passe dos actuais 26 mil, para 84 mil, em 2027, acção que conta com um financiamento do Banco Mundial (BM).
O objectivo, conforme o director, é rentabilizar melhor os serviços e evitar a fuga no pagamento das tarifas, situação que tem causado prejuízos à empresa.
Detalhou que a diferença entre os sistemas é que o pagamento do consumo do pós-pago tem de ser efectuado independente do consumo, enquanto no pré-pago o cliente liquida apenas o que consumiu.
Sublinhou que a ideia é, futuramente, todos migrarem para o pré-pago, um processo que está a ser desenvolvendo gradualmente.
Ainda assim, afirmou, estão em curso investimentos de expansão da rede para atingir as chamadas “áreas cinzentas”.
A rede pública da Huíla alimentada pelo Aproveitamento Hidroeléctrico da Matala e as duas centrais térmicas do Lubango atinge cinco dos 14 municípios da província, nomeadamente Lubango, Chibia, Humpata, Matala e Quipungo. JT/MS