Cape Town (Do enviado Especial) – Networking, criação de parcerias e troca de experiência, sobretudo tecnológica, preencheu o roteiro de actividades do primeiro dia das empresas angolanas participantes à Conferência Internacional Sobre Mineração em África, Mining Indaba, que decorre em Cape Town, na África do Sul.
A maioria das empresas angolanas participantes registou um dia intenso de vários actores do ramo da mineração que auguram estabelecer parcerias e, nalguns casos, aplicar investimentos em novos projectos mineiros, apresentados pelas firmas angolanas, num total de 14, que ocupam dois stand no Centro de Conferências de Cape Town.
O Director-Geral da Catoca, Benedito Manuel, disse ter sido “um dia muito produtivo”, pelo facto de a Mining Indaba ajudar a identificar o estado do sector, a evolução tecnológica e estabelecimento de parcerias para alavancar a actividade mineira.
Fez saber que Catoca conseguiu relançar o programa de prospecção geológica com objectivo de proporcionar o aumento de reservas da sociedade, daí procurar explorar o que há de novo no mercado internacional, por via da Mining Indaba, em termos de tecnologia associada à prospecção, no sentido de optimizar os custos.
“Estamos a interagir com empresas que estão ligadas ao monitoramento de bacias de rejeitados e também as tecnologias de armazenamento a seco do rejeitado para fazer-se uma transição do processo de deposição dos rejeitados da bacia de Catoca”, explicou.
Já o director da estreante Luele, Rómulo Micose, cujo projecto mineiro está há menos de um ano no mercado, privilegiou, nessa sua estreia, o processo de familiarização com a conferência, estabelecimento de contactos com grandes produtores da indústria mineira, com fornecedores de bens e serviços e tecnológico.
Disse que a Mining Indaba passará a ser também um espaço de promoção da marca Luele, possuidor de mais de 600 milhões de kilates, uma vez que um dos pilares da empresa é desenvolver a mineração com boas práticas no sentido de se ter um processo que reflicta a prática da produção internacional.
Reafirmou a necessidade da empresa gerar benefícios a nível da responsabilidade social, impactando as comunidades circunvizinhas, a confirmidade ambiental e contribuir na balança orçamental do país.
Outra presença na Mining Indaba para “vender a sua marca” é a Chitotolo, maior produtor de aluviões, ao mesmo tempo que incentiva as empresas participantes a apresentar os serviços e ajudar os pequenos e médios produtores.
Várias empresas mineiras nacionais, incluindo a estatal Endiama e a Sodiam, estão a representar Angola na Conferência Internacional sobre Mineração em África, conhecida por "Mining Indaba". O grupo de sociedades mineiras presentes no evento é também integrado por Catoca, Chitotolo, Luele, Furi, Kaixepa, AJ Silva, Geosondas, HM Granitos, Minbos e Shining Star.
“Abraçar o poder da disrupção positiva: um novo futuro ousado para a mineração africana” é o lema da 30ª edição da Conferência Internacional sobre Mineração em África, mundialmente conhecida por Mining Indaba.YD