Luanda - A Câmara de Comércio e Indústria da Alemanha garantiu, este domingo, em Berlim, que há muitas empresas filiadas que querem instalar as suas fábricas em Angola.
Segundo o presidente executivo dos Assuntos Internacionais da instituição, Volker Tremer, os empresários alemães estão em busca de novos mercados, para o fornecimento de matérias primas e instalação de fábricas, e Angola é um dos países no topo da lista.
Volker Tremer disse, durante uma reunião com o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, que a câmara é uma espécie de confederação, com 3,5 milhões de empresários, membros das 19 câmaras de comércio e indústria da Alemanha.
"Coordenamos uma rede global de câmaras em 93 países e mais de 100 escritórios. E por isso sabemos que há muitas e muitas empresas alemãs, por conta do fim da covid-19, a querer diversificar a sua cadeia de fornecimentos", explicou.
Adiantou que para isto acontecer precisam de acesso às matérias primas críticas, pois não querem apenas extrair as matérias e trazer para a Alemanha, as empresas querem investir nos países e, um deles é Angola.
"Estamos muito interessados em ter contactos mais próximos para fazer o que dissemos. Queremos energia limpa, e por falar em energias renováveis, Angola é um bom lugar para isso", enfatizou.
Considerou que Angola é um país em crescimento em África, onde o engajamento das empresas alemãs têm um forte potencial, por ser um mercado potencial, com uma população em crescimento e um mercado com abundância de recursos naturais.
O responsável germânico disse que o encontro foi muito objectivo, pois o governante angolano permitiu de forma clara quais são os pontos estratégicos da cooperação, a ser construída a partir de agora.
Apontou como principais eixos, a capacitação do capital humano e institucional, certificado de origem para as empresas exportadoras e uma abordagem sectorizada nesta parceria, bem como a análise conjunta das forças e fraquezas do mercado angolano.
Por outro lado, o ministro da Economia e Planeamento considerou o encontro muito importante uma vez que permitiu a câmara ter uma visão actual de Angola, mas sobretudo porque se abrem portas do mercado angolano para uma câmara de milhões de membros.
"A partir de agora vamos trabalhar nos experimentos definidos: nomeadamente, a organização de feiras, assistência técnica ao Ministério da Indústria e Comércio, para orientação do processo de certificação dos produtos e na identificação de potenciais parceiros de sectores", concluiu. VIC