Catete - Os Empresários exploradores de inertes na Província do Icolo e Bengo manifestaram-se, esta quinta-feira, preocupados com a morosidade na renovação das suas licenças de exploração e apelaram à intervenção do governador Auzílio Jacob.
De acordo com o presidente da Associação dos Empresários Mineiros do Icolo e Bengo, Pedro Hossi, estão 14 empresas activas na exploração de inertes no jazigo do Sequele, na zona do Tande, na sua maioria com o prazo das suas licenças vencido, mesmo após a solicitação da sua renovação com seis meses de antecedência, como exige a lei.
"Na altura em que a renovação era da responsabilidade do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleo demorava entre 15 dias e um mês, mas isso deixou de acontecer desde que se transferiu essa competência para as administrações municipais", disse.
O empresário denunciou a evasão da zona por cidadãos hávidos de erguer residências, o que constitui perigo por ser uma zona de exploração, bem como dificulta a actividade laboral das empresas.
O governador do Icolo e Bengo, Auzílio Jacob, tranquilizou os parceiros, garantido empenhar-se em consonância com a Administração Municipal do Sequele e de outras administrações onde haja actividade similar, no sentido de tornarem célere a tramitação dos processos.
Esclareceu que a zona do Tande foi autorizada pelo governo para a exploração de inertes, pelo que as construções de residências não serão autorizadas nessa circunscrição.
Auzílio Jacob prestou estas declarações quinta-feira, no final de um encontro que manteve com empresários locais, com o objectivo de conhecê-los, inteirar-se das suas preocupações e solicitar a sua disponibilidade para as obras que se esperam na nova província.
O jazigo do Sequele tem vários tipos de inertes, como areia silenciosa, brita de granito, toque renante e solos britados, usados na transformação de vias de acesso e obras que o governo implementa. AJQ