Luanda – Uma delegação de empresários e investidores egípcios mostraram o interesse de visitar Angola, de 20 a 25 deste mês, para avaliar oportunidades de investimentos, particularmente, nas áreas dos transportes, indústrias e equipamentos.
Segundo o embaixador de Angola na República Árabe do Egipto, Nelson Cosme, a iniciativa empresarial surge na sequência da mesa redonda de investimentos Angola/Egipto, realizada em Março último, aquando da visita do ministro das Relações Exteriores, Téte António.
Em entrevista ao jornal Daily News Egypt, publicada domingo (12), o diplomata referiu que as conversações entre os ministros dos Negócios Estrangeiros do Egipto e o angolano foram úteis e frutuosas, servindo para fortalecer as relações bilaterais e impulsionar o quadro de cooperação bilateral, especialmente no domínio económico e comercial.
Na ocasião, o embaixador destacou a existência de projectos conjuntos no domínio da energia, fundamentados no facto de Angola ser um país produtor de petróleo e gás, procurando fortalecer as parcerias com o Egipto.
Conforme Nelson Cosme, Angola aspira trabalhar estreitamente com o Egipto para lidar com os desafios que o continente enfrenta, por via da activação de iniciativas, consultas políticas e de mecanismos de acção conjunta africana, especialmente ao nível da União Africana.
Sublinhou também que os dois países têm o objectivo de atingir o desenvolvimento sustentável, especialmente nas áreas de refinação de petróleo, petroquímica e armazenamento.
Recordou que a cooperação entre Angola e o Egipto abrange diversas áreas, com destaque para as empresas egípcias Elsewedy, Orascom e Arab Contractors, que contribuem para os processos de reconstrução e desenvolvimento de Angola.
Quanto ao Fórum de Aswan, a decorrer nos dias 21 e 22 deste mês, no Egipto, o diplomata adiantou que a Angola foi convidada, através da Bienal de Luanda, para participar neste evento, que abordará a cooperação tripartida entre o Centro Regional do Cairo para Resolução de Conflitos e Manutenção da Paz na África (CCCPA) e a UNESCO.
Esclareceu que o evento servirá para promover os objectivos de desenvolvimento sustentável e difundir a cultura de paz em África.