Luanda - Indústria mineira, tecnologias, logística e transportes constituem as potenciais áreas de investimentos apontadas hoje pelos empresários do Botswana, que se encontram em Luanda, desde domingo, para um estudo do mercado angolano.
A delegação tswanense, liderada pelo director Executivo da Botswana Investment e Trade Centre (BITC) – uma similar da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações, Anthony Sefako, é composta por seis empresas de diversos sectores das actividade e industrial e económica.
À margem de uma reunião de negócios, realizada na Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), o chefe da comitiva tswanense, disse à imprensa que o encontro entre empresários do Botswana e de Angola visou a exploração de oportunidades de negócios.
“A reunião serviu para cimentar a relação já existente entre ambos países e promover parcerias entre a empresa de investimentos do Botswana e a congénere angolana - a AIPEX”, referiu o responsável.
Antony Sefalo, referiu que o seu país tem uma vasta gama de experiência na indústria mineria e que Angola pode aproveitar.
Na ocasião, o responsável apresentou como produtos chaves de exportação do Botswana, diamantes, derivados de animais, produtos plásticos e medicamentos, sendo o sector mineiro o fundamental da económia.
Por sua vez, o chefe do Departamento Promoção e Captação de Investimento da AIPEX, Bruno Baptista, referiu que o Governo de Angola tem um projecto de privatização de empresas e participações do Estado.
Bruno Baptista apontou como áreas de investimentos em Angola a produção de carne, carros, produtos farmacêuticos, têxteis, da agricultura, agropecuária, produção de cereais, bem como de minerais, tendo como principal objectivo o aumento da produção e a redução de importação.
Na mesma senda, o administrador da AIPEX, José Chinjamba, disse que a reunião surgiu no âmbito dos contactos que tem tido com agências congéneres e que houve a oportunidade de concertar a realização deste encontro na medida em que há uma necessidade da troca comercial e de parcerias entre os países da região especialmente os países sul/sul.
“Estamos no processo, pelo que se espera que os privados e emepreendedores no geral possam intervir e incentivar a realização das trocas entre os dois países”, afirmou o gestor, salinetando que Angola tem muita potencialidade no campo mineiro e na agricultura e o Botswana também – uma realidade que facilita as parcerias nestas áreas.
Participou também do encontro, o presidente da Câmara de Comércio e Industria de Angola (CCIA), Vicente Soares, que na ocasião reconheceu o facto de o Botswana ser um país próximo e, por assim ser, reduzirá os custos de importação no acto das parcerias.
“Em África, infelizmente, ainda temos problemas de infra-estruturas ou conectividade, o que faz com que a proximidade nem sempre implique redução de custos, mas espero que aconteça”, referiu.
Para si, a possibilidade de empresários nacionais poderem investir também em países vizinhos é outra vantagem.
Vicente Soares lamentou, por outro lado, a fraca presença de empresários angolanos no encontro com os tswanenses, facto que, na sua óptica, não representa a dimensão do encontro e , por isso, apelou a realização de um forúm de negócios mais alargado.
O líder associativo apontou para parceria a área mineira em que o Botswana têm realizado um trabalho muito avançado ( além da venda de diamantes eles lapidam), e também a área da pecuária, por exportarem carne para a União Europeia.
Botswana é um dos países mais desenvolvidos de África, com uma económia baseada na mineração, especialmente na produção de diamantes. Possuem, igualmente, uma economia diversificada, que incluí agricultura, turismo e serviços.
A economia do Botswana registou um crescimento, em 2022 de 5.8 por cento.
O evento é uma realização da AIPEX,, fruto da intenção manifestada pela BITC em trazer empresas, de modo a explorar oportunidades de investimento, colaboração e de aumentar a balança a comercial entre os dois países. ML/PPA