Ondjiva – Os produtores da província do Cunene consideraram, nesta sexta-feira, o financiamento recebido no âmbito do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), está a sortir os resultados esperados, com o aumento da produção.
No Cunene, dos 30 projectos aprovados, 27 receberam já financiamento, num valor global de um mil milhões, 365 milhões e 150 mil kwanzas.
Trata-se de 11 projectos de produtores do comércio e distribuição, financiados com um mil milhão, 110 milhões 150 mil kwanzas e 16 cooperativas agropecuárias e pescas, que receberam 255 milhões de kwanzas.
Em declarações à Angop, o proprietário da fazenda FA Lumbamba, Francisco Abílio Lumbamba, disse os 200 milhões de kwanzas que recebeu permitiu aumentar o volume de negócios de 145 milhões de kwanzas para os actuais 552 milhões de kwanzas.
Disse que com base neste financiamento, a empresa criou 70 novos postos de trabalho, aumentando o número de funcionários para 700 que prestam serviços nas áreas da agricultura, indústria, transporte, hotelaria e comércio.
Disse que a empresa já começou a amortizar a dívida, depositando 15 milhões de kwanzas por mês, num período de um ano e seis meses.
Ainda assim, pelo facto da empresa possuir uma estrutura de serviço grande, precisa de um reforço avaliado em seis milhões de dólares, para aquisição de mais seis pivôs para se juntarem aos quatros antigos, no sentido de aumentar a produção de duas mil toneladas de milho por ano, para um milhão.
“Queremos ajudar o Executivo a acabar com as importações. Podemos produzir o suficiente nas fazendas da cintura verde ao longo do rio Cunene, onde a produção começa já ser diversificada com feijão, soja, batata, cebola, entre outros, para regularmos o mercado comercial”, afirmou.
Francisco Abílio Lumbamba sublinhou que os produtos produzidos são vendidos no mercado local e nas províncias da Huíla, Benguela e Huambo.
Localizada a 195 quilómetros de Ondjiva, a fazenda conta com uma área de 220 hectares e tem no rio Cunene a sua principal fonte de abastecimento de água.
HSO Cossengue duplica volume de negócios
Por seu turno, o director- geral da empresa H.S.O. Cossengue, Hino Pintar, destacou que o PRODESI é um programa com grandes benefícios, desde que os contemplados façam bons planos de negócios e tenham uma gestão criteriosa.
Disse que a sua empresa recebeu um financiamento de 190 milhões de kwanzas, com o qual adquiriu 100 toneladas de produtos do campo, comercializados nas províncias do Cunene e Luanda.
O aumento do volume de trabalho obrigou o empresário a recrutar mais 20 trabalhadores que se juntaram aos 15 existentes.
Com este apoio, o volume de negócios, antes fixado em 41 milhões e 782 mil kwanzas, passou a 88 milhões, 546 mil e 974 kwanzas.
“A empresa era apenas de prestação de serviço, agora incluiu outro projecto agrícola no município da Quibala, província de Benguela, para permitir o cultivo em grande escala de produtos diversificados”, afirmou.
Os produtos como fubá de milho e massango são comercializados no Cunene e outras províncias vizinhas, Huíla, Benguela e Luanda.
Hino Pintar sublinhou que depois de um período de carência de seis meses, a empresa já está a reembolsar a sua dívida, depositando 12 milhões de kwanzas/mês.
Vanjul aguarda expectante pelo finaciamento
Já o proprietário da fazenda Vanjul, António Kachimano, que aguarda por financiamento, disse que o plano do Governo, virado para o financiamento dos produtores, é uma óptima medida para que o país deixe de depender exclusivamente das receitas do petróleo.
A fazenda Vanjul, que ocupa uma área de aproximadamente 250 hectares, está na fase de colheita de 200 toneladas de milho, massango e feijão.
Localizada na comuna da Calunga, 195 quilómetros de Ondjiva, conta com 500 postos de trabalho directos e indirectos.
