Camabatela - Novecentos mil dólares (um dólar vale em kz 829,19) foram investidos, em 2023, na criação de gado bovino e caprino no Planalto da Camabatela, com recurso à tecnologia de inseminação animal, um investimento da empresa espanhola Incatema.
O projecto, instalado numa superfície de 880 hectares, vai produzir também hortícolas e frutas.
O responsável para área de exploração da fazenda, Tiago Costa Pereira, informou que o investimento tem por objectivos a produção de carne.
O projecto iniciou em Junho de 2023 e espera-se que seja o modelo para os criadores de animais no Planalto de Camabatela, com a inserção de novas técnicas e métodos de trabalho para dinamizar a pecuária e a agricultura na região
A fazenda conta também com zonas de tratamento e outras tecnologias para reprodução e tratamento de animais, como o melhoramento genético, com o fim de tornar a produção mais eficiente e lucrativa.
A iniciativa prevê atingir, nos próximos cinco anos, seis mil cabeças de gado bovino e, neste ano, 500 caprinos.
Actualmente a fazenda conta com 302 bovinos e 100 caprinos.
Além das infra-estruturas para criação de animais, estão a ser preparados 70 hectares irrigados para o cultivo de café arábica, 300 hectares para banana, 100 hectares para milho, soja e hortícolas.
A fazenda conta ainda com uma barragem com dois quilómetros e 200 metros de extensão e 23 trabalhadores.
Tiago Costa Pereira destacou as valências do Planalto de Camabatela, que conta com terras aráveis e férteis e um clima ameno para a agro-pecuária, sublinhando que poderia ser mais explorado.
O ministro da Agricultura de Florestas, António de Assis, visitou a infra-estrutura na quarta-feira, para constatar as suas condições.
O ministro mostrou-se satisfeito com as condições da fazenda e espera que projectos do género se repliquem pelo país, conforme os objectivos do Executivo angolano.
António de Assiz fez-se acompanhada do governador do Cuanza Norte, João Diogo Gaspar, e vários técnicos do Ministério da Agricultura e Florestas.
O Planalto de Camabatela, inclui as províncias do Cuanza-Norte, Malanje e Uíge, e foi responsável pelo abastecimento de 60 por cento da carne bovina consumida em toda a região norte de Angola, antes da independência em 1975. EFM/IMA/AC