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Disponível financiamento de 355 milhões de euros para indústria e agro-pecuária

     Economia              
  • Huíla • Quarta, 25 Outubro de 2023 | 11h17
António Moura, empresário
António Moura, empresário
Amélia Oliveira - ANGOP

Lubango – O grupo empresarial angolano HHB Lomboleni tem disponível um financiamento de 355 milhões de euros, destinado a um projecto agro-pecuário e industrial para os próximos 10 anos em todo país.

A empresa vocacionada a prestação de serviço e formação profissional, tem a sua sede no município da Chibia e uma filial na comuna da Arimba, no Lubango, ambos na província da Huíla e existe há mais de dois anos e vai implementar as suas acções em alguns municípios do país, onde prevê empregar mais de 300 jovens em cada um deles.

É composta por 30 accionistas, dos quais 26 são angolanos e os restantes de nacionalidade brasileira, israelita e francesa. Para além da França, Israel e Brasil, a empresa possui convénio internacional com o Japão e a África do Sul, no segmento da formação.

A iniciativa, concebida ao longo de 20 anos, surge da necessidade de ajudar o Executivo a desenvolver e diversificar a economia nacional. Os novos projectos começam a ser lançados já a 11 de Novembro próximo, Dia da Independência Nacional.

Nesta primeira fase, a iniciativa abrange os municípios da Quibala (Cuanza Sul) Dande (Bengo), Icolo e Bengo (Luanda), Quipungo e Chibia (Huíla), com a produção de cereais e alho, actividades de apicultura, suinicultura e piscicultura, assim como uma indústria de engarrafamento de água mineral.

Só agora, nas províncias desta 1ª fase o grupo tem já disponíveis 22 mil hectares para trabalhar, onde vai ser possível criar pelo menos quatro mil e 800 funcionários ao nível do país.

Em declarações à ANGOP, o responsável pelo grupo, António Moura, afirmou que pretende-se iniciar a construção de um resort, anexo à zona fabril, denominado “Huíla Star”, num espaço de 30 mil metros quadrados, no quilómetro 16, comuna da Huíla, município do Lubango.

Disse que o resort vai contemplar salão de eventos, hospedagem, restaurante, parque infantil, piscina, casas de banho, tratamento para as águas residuais, entre outras valências.

Já a zona fabril vai contemplar, segundo a fonte, as indústrias de produção de água, de chouriço caseiro, presuntos, chispe e torresmo, estando, igualmente projectada uma outra fábrica para de derivados de frutos e legumes, desde doces, sumos, polpa de tomate e temperos, contando com um laboratório agro-alimentar.

António Moura referiu ainda estar na forja a construção da casa de negócios na cidade do Lubango, denominada “Huíla house business” e um pólo escolar com cem salas de aulas denominado "Escola de Auto Estudo Tecnológico da Huíla", destinadas à formação.

Esse pólo escolar tem a previsão de albergar três mil alunos que vão ser formados nas áreas de agronomia, construção civil, electricidade e informática, num sistema de internato, onde o aluno a partir da 4ª classe passa a ter inclinação técnica profissional até a 12ª classe.

Reforçou que os quadros a serem formados pelo grupo terão emprego directo dentro do projecto, tendo a liberdade que a iniciativa oferece de acordo com o gráfico e estudos efectuados ao longo das 18 províncias de Angola.

“Somos apologistas ao apoio ao Governo para analisar e materializar esse mega projecto com uma doação de 10 por cento de toda a produção para as populações mais vulneráveis a cada colheita”, salientou.

Reafirmou que a linha de financiamento do projecto, já disponível, é toda externa, mas o parceiro primário é o Governo, pois as terras são propriedades do Estado, pelo carecem de pelo menos cinco mil hectares por cada município das províncias para minimizar a carência de emprego na juventude.

Fez saber que para além da Huíla, o projecto já foi apresentado publicamente em Luanda e no Bengo, sendo que tem um feedback positivo dos governos provinciais. EM/MS





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