Luanda – Dois mil e 365 pequenos agricultores angolanos beneficiaram, nos últimos dois anos, de um financiamento de 300 mil euros (cerca de AKz 219,5 milhões) da Embaixada de França, no âmbito de um projecto de apoio à sociedade civil para agricultura sustentável e atractiva.
A iniciativa denominada "ADISA", que vinha sendo implementada desde 2019, se encerrou nesta quarta-feira, e permitiu o financiamento de sete projectos associativos.
Os beneficiários foram seleccionados através de um convite de apresentação de projectos.
Num período de dois anos beneficiaram-se da acção pequenos agricultores das províncias do Zaire, Uíge, Huambo, Bengo, Cuanza Sul e Cuanza Norte, que consideram a iniciativa de pertinente e inovadora, no quadro da diversificação da economia em Angola.
Com este projecto, de acordo com uma nota a que ANGOP teve acesso, a Embaixada quis completar as acções já iniciadas com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), centrando se, desta vez, no reforço das capacidades das associações que propõem iniciativas para o desenvolvimento de uma agricultura e alimentação sustentável que para a França, ainda são muito pouco estruturadas em Angola.
Concluído em Novembro de 2020, o ADISA teve a duração de dois anos com o objectivo de capacitar os actores da agricultura familiar em Angola.
O mesmo, consistiu em dar apoio aos pequenos proprietários a capacidade de desenvolverem novas práticas, como agronómica, económicas e organizacionais, de forma a apoiarem-se mutuamente, permitindo assim ultrapassarem os obstáculos às suas actividades.
A secretária de Estado das Pescas, Esperança Costa, disse na ocasião, que os sete projectos revelam uma "grande", pertinência, quer pelas componentes apresentadas face às prioridades do programa, quer por outros indicadores, como tipo de beneficiários, membros de cooperativas agrícolas, entre outros aspectos.
"Segundo as conclusões da avaliação do projecto e a opinião dos beneficiários, ADISA foi um projecto pertinente e inovador, com impacto sobre a diversificação da economia em Angola ", referiu Esperança Costa sustentando que ADISA demonstrou ser possível enfrentar e vencer a fome nas comunidades rurais.
Lembrou que, desde a visita à França do Presidente de Angola, João Lourenço, em Maio de 2018 e a assinatura, ainda este ano, do Acordo de Cooperação Agrícola entre os dois países, a agricultura está no centro da acção do governo francês em Angola.
Acrescentou que, a implementação do referido Acordo, prosseguiu ao longo dos anos 2019/20, por meio de um plano de acção elaborado conjuntamente pela Embaixada de França em Angola e o Ministério da Agricultura e Pescas.
O plano de acção junta todas as acções da Agência Francesa de Desenvolvimento, da Agência Business France, do Serviço Económico e de Cooperação da Embaixada, no domínio da agricultura, em torno de prioridades definidas de forma conjunta com o ministério da Agricultura e Pescas.
De acordo com a secretária de Estado das Pescas, por meio do Projecto ADISA, o Serviço de Cooperação e de Acção Cultural da Embaixada de França desejou introduzir uma complementaridade às acções já iniciadas, desta vez, para o reforço da capacidade das Associações que propõem uma acção para o desenvolvimento de uma agricultura e alimentação sustentável.