Economista defende transparência governativa para captação de investimentos na SADC

     Economia           
  • Moxico     Quinta, 23 Março De 2023    20h43  
Economista e Docente Universitário, Dínis Mussango
Economista e Docente Universitário, Dínis Mussango
Kinda Kyungu

Luena – O economista Dínis Mussango defendeu, esta quinta-feira, no Luena (Moxico), a necessidade dos países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) apostarem “fortemente” na melhoria da transparência governativa, com vista à captação de investimentos para esse bloco económico.

Docente universitário de cadeira de Economia Angolana, Dinís Mussango falava à ANGOP, no quadro da celebração do Dia da Libertação da África Austral, hoje (23 de Março) assinalado, reforçando que os países da região precisam de um forte investimento para o alcance da desejada integração económica.

Para a concretização desse objectivo, o académico afirmou que o principal desafio dos Estados membros da SADC passa pela industrialização das suas economias, por ser decisiva na produção de bens, estimulando as trocas comerciais entre pessoas da região.

Dinís Mussango entende que grande parte desses países ainda possui um sistema industrial rudimentar, sem capacidade de transformação, dificultando o crescimento económico desejável.

Para inversão deste quadro, defendeu investimento no sector energético, substituindo as fontes térmicas por grandes projectos de barragens hidroelétrica, para acelerar a industrialização e a transformação das matérias-primas em bens de consumo final.

Lamentou pelo facto das economias africanas terem um pendor extractivos, baseada na retirada dos recursos naturais para serem transformados fora do continente, pelos países do ocidente.

“Precisamos de encontrar soluções africanas para problemas africanos, com o intuito do continente se tornar auto-sustentável, porque não faz sentido os bens extraidos cá, serem transformados na Europa e nas Américas”, sustentou.

Segundo o economista, os países do bloco da SADC e do continente em geral, devem intensificar as relações comerciais entre si, com base a especialização produtiva de cada Estado.

Outra medida para o crescimento económico da região, passa pela necessidade dos países captarem mais investimentos, em detrimento de financiamentos, permitindo a geração de empregos, considerou.

Sobre o papel de Angola na Integração Económica da SADC, disse que o país deve necessariamente apostar na construção das estradas, por existir muita descontinuidade em termos de infra-estruturas rodoviárias. 

A aposta na formação de quadros, a diversificação da economia nacional, bem como o aumento da capacidade de refinação do petróleo serão, igualmente, fundamentais para competir com as outras nações da SADC.

São países-membros da SADC a África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Malavi, Maurício, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, Seicheles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.

TC/YD

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 





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