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Economista defende política monetária que influencie na taxa de câmbio

     Economia              
  • Luanda • Sexta, 11 Agosto de 2023 | 12h36
Banco Nacional de Angola é a entidade reguladora das políticas monetárias do país (Foto ilustração)
Banco Nacional de Angola é a entidade reguladora das políticas monetárias do país (Foto ilustração)
Francisco Miúdo

Luanda – O economista António Estote defendeu a aplicação de  uma política monetária que influencie na taxa de câmbio através da economia real, ao invés de se reduzir a taxa de câmbio de forma administrativa ou pontual, a fim de se evitar a constante subida do preço das moedas estrangeiras e consequente desvalorização do Kwanza – moeda de Angola.  

Segundo o técnico, a política orientada pela economia real pode gerar a concessão de mais créditos à economia, um dos factores que estimula a produção interna e,   por sua vez,   reduz a importação de bens alimentares e a procura de divisas, valorizando a moeda nacional.

Por outro lado, o economista advoga a necessidade de se deixar a narrativa ou a teoria da diversificação económica para acções mais concretas/reais, com vista ao aumento da produção nacional.

“Quando se fala da diversificação da economia, temos de monitorar de forma permanente os indicadores concretos sobre o nível de importação dos principais produtos alimentares, como o arroz e frango, bem como aferir o nível de exportação de produtos nacionais não petrolíferos, para se conseguir mensurar se as políticas públicas aplicadas estão ou não a surtir o efeito desejado”, aconselhou.

O economista apresentou essas posições no Fórum sobre Crescimento Económico e Sustentabilidade de Angola, promovido pela empresa de consultoria Efinanças.

No evento, foram abordados, entre outros, o “Desenvolvimento económico e sustentabilidade”, “Privatização de empresas públicas”, “O papel das políticas públicas” e “A contribuição da transformação digital”.

Divididos em dois painéis, os respectivos temas foram orientados pelos economistas Rui Malaquias, Euriteca Nunes, António Estote e o engenheiro em tecnologia Osvaldo de Jesus, que interagiram com uma plateia que lotou o auditório do evento.

Na ocasião, a directora da Efinanças, Euriteca Nunes, disse que o objectivo do Fórum, que se prevê ser realizado a cada três meses do ano, foi reflectir sobre a situação económica actual e a sustentabilidade angolana, trazendo algumas soluções que serão submetidas aos decisores e fazedores de políticas públicas.

A também economista de profissão, considerou ser necessário que o processo de desenvolvimento económico e social do país seja acompanhado com uma boa política ambiental, para assegurar o futuro das próximas gerações.

Essa foi a primeira edição do Fórum sobre Crescimento Económico e Sustentabilidade de Angola, promovido pela empresa de consultoria Efinanças.  QCB/PPA

 

 





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