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Economia angolana vai crescer 1,1% em 2024 - Standard Bank

     Economia              
  • Luanda • Sexta, 12 Abril de 2024 | 19h49
Pormenor da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo(Foto ilustração)
Pormenor da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo(Foto ilustração)
Cedida

Luanda – A economia angolana vai crescer na ordem de 1,1%, este ano, superando a evolução de 2023 que foi de 0,9%, segundo uma avaliação do banco sul-africano Standard Bank.

Especializado em avaliação de indicadores macroeconómicos de diferentes países do mundo, o banco sul-africano considera que a economia mundial vai continuar a crescer, facto que beneficia Angola, por estar sujeita à volatilidade do preço do petróleo no mercado internacional.

A perspectiva foi apresentada quinta-feira-feira, em Luanda, pelo economista-chefe do Standard Bank para Angola, Moçambique e República Democrática do Congo (RDC), Fáusio Mussá, durante a primeira edição do Briefing Económico/2024 sobre a situação macroeconómica de Angola.

O especialista referiu que a perspectiva de crescimento da economia mundial é encorajadora, pois Angola precisa que o preço do petróleo se mantenha nos actuais níveis.

Apesar dessa projecção, o economista estima que Angola pode crescer a um ritmo abaixo dos objectivos do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2023-2027), afirmando que com baixo investimento, o país enfrenta elevado risco de um crescimento económico fraco, abaixo dos 3%, em 2027, como definido no PDN.

“Parece-me difícil Angola mobilizar os investimentos necessários para aumentar a produção petrolífera. O nosso cenário prevê estabilidade na produção de petróleo, mas não conseguimos prever uma situação em que haja um aumento da produção”, reforçou.

Nessa perspectiva, Fáusio Mussá entende que se a produção do petróleo ficar estável, será “muito bom” para Angola, apesar de ser necessário investimento fora do sector petrolífero.

Conforme o especialista, Angola regista uma grande desaceleração de investimento directo estrangeiro, pois as reformas que têm sido desenvolvidas ajudaram a tornar o quadro regulamentar mais interessante para o sector petrolífero.

Adiantou ainda que, em 2024, se perspectiva algum progresso na consolidação fiscal, considerando um pressuposto conservador para o preço do petróleo e um avanço na reforma do subsídio aos combustíveis.

Quanto ao mercado monetário angolano, perspectivou uma política monetária “insuficientemente apertada”, com o elevado crescimento da massa monetária em moeda nacional e taxas de juro reais negativas.

“Temos hoje uma oferta de moeda externa muito inferior à de 2023 e 2022. Para este ano, a previsão é de uma oferta mensal de 600 milhões de dólares, enquanto no ano passado tivemos 821 milhões de dólares, que representou uma queda de 37% face a 2022”, clarificou.

Por seu turno, o director-executivo do Standard Bank Angola, Luís Teles, destacou sinais positivos para a economia angolana, comparativamente ao ano 2023 que foi muito difícil.

“Existem sinais positivos no horizonte, como a descida das taxas de juro nos mercados internacionais, a abertura da China para flexibilizar as condições de financiamento, bem como o apoio a projectos prioritários para o país”, destacou.

A primeira edição do Briefing Económico 2024 contou com dois painéis compostos por temas como “Perspectiva sobre a situação geopolítica e macro de Angola” e “Mercado de Capitais”, com a participação de vários especialistas, académicos e empresários. CPM/QCB





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