Luanda – Dez mil empresas, entre micro e médias, serão diagnosticadas para o reforço das capacidades e competências pelo Projecto de Aceleração do Desenvolvimento e Diversificação Económica “Diversifica Mais”, anunciou, esta segunda-feira, em Luanda, o director deste plano, Laércio Cândido.
Em declarações à imprensa, no final do encontro que o secretário de Estado para o Investimento Público, Ivan dos Santos, manteve com a missão de acompanhamento e supervisão do Banco Mundial, o responsável sublinhou que a análise deverá ser feita por intermédio de uma plataforma de diagnóstico que permita apoiar melhor as empresas.
Laércio Cândido avançou também que, até 2026, se prevê o financiamento de pelo menos 250 empresas, entre micro, pequenas e médias.
Em relação à visita da delegação do Banco Mundial, que trabalha no país de 7 a 18 deste mês, explicou que o encontro vai permitir trabalhar com as agências implementadoras e a unidade de implementação do projecto, cujo grau de execução é satisfatório em função das actividades que estão previstas no plano de actividade.
Acrescentou que as actividades compreendem o apoio e a melhoria do ambiente de negócio no Corredor do Lobito e reforço de infra-estruturas já existentes, através investimentos catalíticos para garantir a atractividade.
Referiu que essas infra-estruturas contam com a parceria público-privada que permitirá o financiamento das micro e pequenas empresas instaladas ao longo do Corredor do Lobito para o desenvolvimento da cadeia de valor.
Segundo Laércio Cândido, em cerca de nove meses de implementação do Diversifica Mais, já se tem alguns resultados e elaboração de actividades que concorrem para o bom desempenho do projecto.
Lembrou que o Fundo de Garantia de Crédito (FGC) assinou, recentemente, um protocolo com instituições financeiras no sentido de providenciar créditos ao abrigo do projecto Diversifica Mais para as micro, pequenas e médias empresas, nos vários sectores de actividade económica.
o Diversifica Mais, orçado em 300 milhões de dólares, disponibilizados pelo Banco Mundial, inclui a melhoria do ambiente de negócio e o reforço de equipamentos, meios técnicos e infra-estruturas ao longo do Corredor do Lobito, que vai contar com um investimento cerca de USD 40 milhões.
No domínio do reforço das infra-estruturas, sublinhou, o projecto conta com cerca de 100 milhões de dólares.
“Pensamos que, até 2029, teremos o alargamento das competências do processo de licenciamento de empresas por intermédio da abertura de novos balcões e Guiche Único da Empresa. Teremos também o IGCA reforçado para garantir uma maior acessibilidade aos direitos fundiários por parte dos agricultores e potenciais detentores de terras que terão os seus processos facilitados com esta intervenção”, assegurou.
Com o Diversifica Mais, espera-se obter um Plano Director do Corredor do Lobito, a redução em 20% do tempo de liberação ou desalfandegamento de mercadorias, através do uso de ferramentas de automatrização para o comércio internacional, bem como a adjudicação de três projectos produtivos ao longo desta linha férrea.
A par disso, o caminho-de-ferro vai diagnósticar as necessidades tecnológicas de 10 mil empresas, das quais 50% lideradas por mulheres, duas mil vão receber aconselhamento para reforçar as suas capacidades de gestão e adopção de tecnologia.
A visita de trabalho da missão de acompanhamento e supervisão do Banco Mundial tem como objectivo avaliar o grau de implementação das quatro componentes do Diversifica Mais. HM/QCB
