Ndalatando - O embaixador de Angola na Nigéria, José Bamóquina Zau, advogou, esta quinta-feira, maior celeridade na criação de condições para a efectivação do investimento de empresários nigerianos no sector do agro-negócio, na província do Cuanza-Norte.
O diplomata, que trabalhou, esta quinta-feira, nessa província, analisou com as autoridades locais a criação de condições para a efectivação da intenção de investimento manifestada, há três meses, por empresários nigerianos.
Disse que, no âmbito das estratégias da província, abordou com as autoridades locais a definição de espaço para a implementação de projectos na área da agro-indústria.
Disse que o governo provincial está receptivo ao investimento privado e aguarda a efectivação do mesmo ainda este ano.
Questionado sobre a data da implementação do projecto, disse que depende do trabalho com a Agência Angolana de Investimento Privado e das discussões técnicas que vão culminar com a assinatura de memorandos.
Recordou que a província do Cuanza-Norte tem terras aráveis e água suficientes para dinamizar o agro-negócio.
Apontou a barragem de Cambambe, tendo em conta o seu posicionamento estratégico e o seu potencial em termos de produção de energia eléctrica, como outro factor de atracção de empresários nigerianos interessados em investir nessa localidade.
Em Março deste ano, empresários, afectos ao Conselho Empresarial Angola/Nigéria, deslocaram-se para o Cuanza-Norte para se inteirarem das potencialidades agro-industriais e hídricas da região.
Na altura, a presidente do Conselho Empresarial Angola/Nigéria, Fifi Ejindu, que encabeçou a comitiva, disse que este órgão tem disponível mais de 500 milhões de dólares e manifestou a pretensão de os empresários nigerianos investirem na construção de um parque agro-industrial e na produção de hidrogénio verde no município de Cambambe.
O investimento no parque agro-industrial contempla a construção de um complexo com área de produção, processamento e empacotamento de vários produtos alimentares.
Além da criação de empregos, o projecto visa também resolver as necessidades alimentares de Angola, África e a nível mundial.
Fifi Ejindu destacou a abundância de recursos hídricos, energéticos e terra que o município possui, três recursos indispensáveis para a produção do hidrogénio verde.
A responsável esclareceu que, com o projecto, pretende-se fazer de Angola o primeiro país produtor de hidrogénio verde em África e poderá produzir vários subprodutos para a exportação, com destaque para os fertilizantes.
A agricultura é um ramo importante da economia na Nigéria, proporcionando emprego a 70% da população. O sector está sendo transformado pela comercialização a nível empresarial de pequeno, médio e grande porte.
Para além de ser o maior produtor de petróleo em África, a Nigéria produz, principalmente, feijão, gergelim, castanha de caju, mandioca, amendoim, goma-arábica, noz de cola, milho, melão, painço, dendêm, óleo de palma, arroz, soja, inhames, entre outros produtos não petrolíferos. LJ/IMA/QCB