Luanda - A embaixadora da França em Angola, Sophie Aubert, destacou, esta quarta-feira, o papel desempenhado pelos transportes marítimos e terrestres, bem como as infra-estruturas e serviços portuários no desenvolvimento da economia nacional.
A diplomata, que falava no fórum empresarial organizado, em Luanda, pela Bunise Francee e parceiros angolanos, considerou estes equipamentos e serviços como fundamentais, sublinhando que os transportes contribuem na estrutura dos mercados e da economia, permitindo a integração do país na economia regional e mundial.
“É isso que procuramos através desta missão, contribuir para a integração regional”, frisou.
Quanto às infra-estruturas de transporte, referiu que permitem a circulação de bens e serviços, reforçam as relações comerciais, criando valores.
O evento ocorreu no âmbito da missão empresarial francesa dedicada ao sector das infra-estruturas portuárias e actividades marítimas em Angola e visou atrair empresas deste país europeu interessadas em explorar oportunidades de negócio no território nacional.
Durante o fórum foram abordadas questões relacionadas a esses segmentos para reforçar os laços comerciais entre os dois Estados, no intuito de promover a cooperação e o investimento nos sectores estratégicos para o desenvolvimento económico.
Compõem a missão francesa cinco empresas especializas em diferentes serviços, com realce para soluções digitais para navios inteligentes na indústria marítima, logística nos sectores de energia e mineiro, fundações profundas, melhoria do solo na construção, testes, inspecções e certificações em sectores-chave.
A comitiva visitou os principais portos do país, tendo mantido encontro com os seus responsáveis, além de reunir com entidades do Ministério dos Transportes, da Sonils e de algumas empresas públicas e privadas.
Cooperação económica
Neste capítulo, Sophie Aubert considerou ser a França o principal investidor estrangeiro em Angola, com 18 mil milhões de euros investidos em 2024, acrescentando que o seu país é o terceiro maior empregador privado, fruto do trabalho de 130 empresas francês que operam no território nacional.
Segundo a diplomata, o volume de negócios destas emprestas já atingiu cerca de 6 mil milhões de euros.
Anunciou que três bancos poderão disponibilizar, em breve, uma linha de crédito de 500 milhões de euros para Angola, além do Banco Público de Investimento (BPI) que garante o valor 1,85 mil milhões de euros.
A embaixadora realçou também o trabalho da Agência Francesa de Desenvolvimento, que investe 700 milhões de euros em vários projectos em Angola.
“O nosso objetivo é reforçar as relações económicas entre a França e Angola”, sublinhou. BS/VC
