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Deputados defendem maior produção de algodão para indústria têxtil

     Economia              
  • Benguela • Domingo, 31 Março de 2024 | 10h24
Campo de algodão
Campo de algodão
Pedro Calombe

Catumbela – A coordenadora do grupo de deputados da Assembleia Nacional do círculo provincial Benguela, Deolinda Valiangula, defende uma aposta forte e séria na produção de algodão, de modo a revitalizar a indústria têxtil nacional, gerando mais empregos e renda.

Deolinda Valiangula encabeçou uma comitiva de deputados residentes em Benguela na visita, esta semana, à fábrica têxtil Textaf, avaliada em 420 milhões de dólares, cuja gestão está, desde 2021, sob responsabilidade da empresa zimbabweana Baobab Cotton Group.

Visto que a unidade necessita de 1.300 toneladas métricas de fibra de algodão por mês, a Baobab Cotton Grupo tem na forja um projecto de relançamento da produção de algodão, que prevê criar oportunidades para mais de mil pequenos agricultores.

Além disso, a Baobab Cotton Group ainda pretende implementar infra-estruturas e equipamentos agrícolas em três locais distintos identificados nas províncias de Malanje, Cuanza-Norte e Cuanza-Sul, para relançar a produção de algodão e garantir a sustentabilidade da indústria têxtil nacional.

Para a deputada pela bancada parlamentar do MPLA, sem a auto-suficiência na produção de algodão, uma grande infra-estrutura como a Textaf, fica cada vez mais dependente do exterior.

Perante este cenário, Deolinda Valiangula insistiu na necessidade de se trabalhar muito na produção desta matéria-prima, ainda importada da África do Sul e de outros países.

A responsável vê no relançamento da produção de algodão, a via mais rápida para facilitar a actividade da indústria têxtil. 

“É um compromisso de todos os angolanos que esta fábrica produza os resultados esperados”, destacou.

Empregabilidade

No capítulo da empregabilidade, a deputada manifestou a sua satisfação por a direcção-geral da Textaf ter contratado mais 260 jovens que já assinaram os seus contratos de trabalho.

Segundo ela, estes jovens recém-admitidos vão agora juntar-se aos 440 funcionários já existentes para imprimirem uma maior dinâmica a esta fábrica, que ainda não está a trabalhar a 100 por cento.

“À medida que vão contratando mais jovens, a fábrica vai trabalhando cada vez mais”, frisou, para quem Angola precisa de gerar emprego, porque o índice de desemprego ainda é assustador.

Por outro lado, a deputada reconhece a evolução do parque industrial da província de Benguela, sobretudo com a dinamização do Corredor do Lobito.

Sobre a visita dos deputados, o director-geral da Textaf, Vidal Bazanine, enalteceu o contacto com os parlamentares e salientou que a unidade fabril regista uma evolução bastante grande, não obstante a importação de algodão.

 “Havendo necessidade faremos nova importação (…), mas o que tem sido discutido e incentivado é a produção interna”, rematou.

Durante a semana, os deputados da Assembleia Nacional residentes na província de Benguela também visitaram as obras de construção da infra-estrutura administrativa e autárquica do município da Catumbela. JH/CRB 

 





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