Economista quer transparência na alocação dos rendimentos mineiros

     Economia           
  • Lunda Sul     Quarta, 09 Dezembro De 2020    11h58  

Saurimo – O economista Filomeno Viera Lopes defendeu, nesta quarta-feira, a necessidade de transparência na alocação dos rendimentos das empresas que buscam recursos naturais, com vista a contribuir no bem-estar das populações residentes em áreas de exploração mineira.

O economista, que falava durante a 1ª Conferência Regional Leste sobre “Recursos Naturais”, promovido pela associação Mwana Pwo em parceria com a Acção Comunitária para o Desenvolvimento, sublinhou a importância da transparência na gestão dos gestores públicos, de modo a que a sociedade conheça e sinta os efeitos positivos dos rendimentos que advém da exploração de recursos minerais, com destaque aos diamantes.

Explicou que os projectos de desenvolvimento em carteira devem ser do domínio público, bem clarificados, para que as populações saibam que a exploração de mineiros nas zonas circunvizinhas tem contribuído para o desenvolvimento da zona.

Segundo Filomeno Lopes, constata-se, muitas vezes, que as empresas furtam-se ao pagamento das obrigações fiscais, facto que contribui na fraca arrecadação de receitas por parte do Estado.

Por seu turno, o reverendo Tony Nzinga disse que as empresas que se dedicam a exploração de diamantes e outros recursos naturais devem cumprir o seu papel social, de forma a satisfazer as necessidades das populações.

O religioso é de opinião que as empresas exploradoras de diamantes, além de participar na reconstrução e construção de infra-estruturas dignas para o benefício das comunidades circunvizinhas aos seus projectos, devem ainda alocar verbas para localmente as administrações ou coordenadores de bairros possam trabalhar para o povo directamente.

Durante dois dias, os participantes a 1ª Conferência Regional Leste sobre “Recursos Naturais” vão abordar, dentre vários temas, a visão do Estado sobre a exploração e gestão dos recursos naturais vis-a-vis visão mineira Africana, políticas do governo angolano para integração e desenvolvimento das comunidades em zonas de exploração, experiências e práticas das empresas mineiras dos trabalhos nas comunidades.

Participam na actividade membros do governo local, autoridades religiosas, tradicionais, académicos, representantes das empresas mineiras sedeadas nas províncias da Lunda Sul e Lunda Norte, Ong´s do Moxico e Cuando Cubango, entre outros convidados.

 





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