Luanda – A importação de cerca de 711 mil toneladas métricas de combustíveis líquidos (71,36%) custou cerca de 657,81 milhões de dólares (um USD equivale a kz 831,548), durante o terceiro trimestre deste ano, o que representa um aumento de perto de USD 108 milhões, comparativamente ao período anterior.
No trimestre homólogo, a importação de 704 mil e 718 toneladas métricas de derivados de petróleo (68% do volume total de refinados, fixada em 1 036 351 toneladas) foi avaliada em cerca de 549 milhões de dólares.
Enquanto isso, no terceiro trimestre deste ano foram adquiridas um total de 996 mil e 752 toneladas métricas de combustíveis líquidos, sendo 71,36% , provenientes da importação, 27,40% (cerca de 273 mil e 110 toneladas) da Refinaria de Luanda e 1,30% (12 mil e 957 TM) da Cabgoc - Topping de Cabinda.
Segundo o director-geral do Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo (IRDP), Luís Fernandes, o gasóleo representou 58,15% do volume total dos combustíveis adquiridos, enquanto a gasolina correspondeu 24,78%, o fuel ordoil 11,30%, jet A1 69%, petróleo iluminante 0,74% e betume asfáltico 0,33%.
Ao apresentar o balanço das actividades do sector dos derivados de petróleo do último trimestre, nesta quinta-feira, em Luanda, o responsável referiu que o país contou com uma capacidade instalada de armazenagem de combustíveis líquidos de 675 mil e 968 metros cúbicos, em terra.
Destacou ainda que nesse período registou-se a existência de mil e 160 postos de abastecimento de combustíveis, dos quais 908 em estado operacional.
Deste universo, adiantou, 324 postos são da Sonangol Distribuição e Comercialização (35,7%), 79 da Pumangol (8,7%), 64 da Sonangalp (7%), 51 da Total Energies Marketing Angola (TEMA), com 5,6%, e 390 da Bandeira Branca - Agentes Privados (43%).
Com isso, no último trimestre registou-se o aumento de 36 postos de abastecimento operacionais, comparativamente ao período anterior.
Porém, registou-se também a existência de 45 municípios sem postos de combustíveis operacionais, facto que representa uma oportunidade para os investidores instalarem equipamentos do género nestas localidades, segundo Luís Fernandes.
Quanto à comercialização dos derivados líquidos do petróleo, o director-geral da IRDP disse que o volume de vendas globais dos vários segmentos de negócio (retalho - B2C, consumo - B2B e bunkering) foi de aproximadamente um milhão 171 mil e 833 toneladas métricas, registando um ligeiro decréscimo de cerca de 0,25%, em relação ao trimestre homólogo.
Em termos de quota de mercado em volume de vendas, a Sonangol Distribuição e Comercialização mantém a liderança, com 64%, seguida da Pumangol (21%), Sonangalp (8%) e a Total Energies Marketing Angola (7%).
Combustíveis gasosos
Para este segmento, cerca de 156 mil e 20 toneladas métricas de gás de cozinha (Gás de Petróleo Liquefeito - GPL) foram introduzidas no mercado interno, representando um aumento de perto de 64%, em relação ao segundo trimestre deste ano.
Desta quantidade de combustíveis gasosos, a fábrica Angola LNG forneceu 66% de gás, Sanha 29%, Refinaria de Luanda 3% e Topping de Cabinda contribuiu com 2%.
Do total de gás fornecida no mercado foram vendidas 123 mil e 290 toneladas métricas (aumento de 13%), com a Sonangol Gás e Energias Renováveis a liderar a comercialização deste produto, com uma quota de mercado de 78%, Saigás (11%), Progás (5%), Gastém (4%) e Canhongo Gás (1%).
No período em referência, as províncias que mais consumiram o GPL foram Luanda, com 60% de consumo, Benguela (10%), Huíla (6%), Huambo (4%) e Cabinda (3%).
Ainda no último trimestre, o país contou com uma capacidade de armazenamento de 10 mil e 927 toneladas métricas, em terra.
Lubrificantes
Em relação aos lubrificantes, registou-se um volume de cerca de sete mil e 827 toneladas métricas, que foram comercializadas no mercado interno, representando um decréscimo de aproximadamente 22,9%, em comparação ao terceiro trimestre.
Do volume total comercializado, mil e 312 (16,8%) toneladas métricas foram de produção nacional, enquanto seis mil e 515 (83,2%) toneladas foram provenientes da importação. QCB/AC