Ndalatando – Quatro empresas dos sectores agro-pecuário, comércio e distribuição, com projectos avaliados em 280 milhões de kwanzas, foram financiadas, na província do Cuanza Norte, no âmbito Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI).
Entre os instrumentos e produtos financeiros consta o Programa de Apoio ao Crédito (PAC), com 163 projectos, dois dos quais no domínio da agro-pecuária, avaliados em 140 milhões de kwanzas.
No mesmo pacote foram também financiadas com 70 milhões de kwanzas cada, pelo Banco Africano de Investimentos (BAI), as iniciativas empresariais do projecto Samba Lucala e da fazenda Fernanda Alonso, viradas à bovinicultora, comercialização de carne, produção de milho e feijão, localizadas no município do Samba Caju.
A informação foi prestada, hoje (sábado), à Angop, pelo director provincial do Gabinete de Desenvolvimento Económico Integrado do Cuanza Norte, Fernando Humberto Mesquita.
O PAC, informou, recebeu a candidatura de 18 cooperativas agrícolas e foram aprovados e aguardam por financiamento três projectos, avaliados em 25 milhões de kwanzas.
Dos projectos aprovados constam dois no valor de cinco milhões de kwanzas cada e um de 15 milhões, localizados nos municípios do Cazengo, Cambambe e Samba Caju.
No pacote que inclui Medida de Alívio Económico candidataram-se 71 empresas e foram financiadas, com 70 milhões de kwanzas cada, duas das quatro empresas aprovadas, nos municípios do Cazengo e Cambambe.
Afirmou tratar-se de projectos ligados aos sectores da agricultura, comércio e distribuição, indústria transformadora, prestação de serviços, pecuária, indústria alimentar e bebidas, turismo e lazer, recursos geológicos, aquicultura e pesca marítima.
Do global de pedidos foram desactivados oito projectos no âmbito do PAC e seis empresas no quadro das medidas de alívio económico, porque não foram aprovados pela banca comercial e não se enquadram no PRODESI.
Estão em avaliação pela banca comercial 110 projectos, 28 dos quais fazem parte da fase mais avançada, entre a aprovação e negociação para o desembolso.
O responsável do PRODESI explicou que as empresas candidatas têm de passar por cinco fases para a recepção do financiamento - o pedido de apoio, triagem do projecto, dossier de crédito, negociação com a banca e o desembolso e acompanhamento da implementação do crédito disponibilizado.
Fernando Mesquita esclareceu ainda que os valores solicitados pelas empresas nem sempre são aprovados pelos bancos, numa primeira fase, na maioria das vezes só é possível determinar a quantia depois da aprovação do projecto.
Informou que os candidatos têm encontrado muitas dificuldades na terceira fase do pedido de crédito (dossier de crédito), onde devem apresentar os documentos legais da empresa, a constituição dos processos e documentos de identificação dos sócios.
Muitas empresas locais, informou, não passam da terceira fase por insuficiência de documentação, sobretudo, o comprovativo do exercício contabilístico dos últimos três anos, do pagamento da segurança social no INSS e das obrigações fiscais na AGT.
No quadro de materialização do PRODESI, o Governo criou em 2019 o Programa de Apoio ao Crédito (PAC), um instrumento operacionalizado por nove (09) bancos comerciais, que facilita o acesso ao crédito para produtores que queiram se dedicar à produção da lista dos 54 produtos, com realce para os da cesta básica e outros considerados essenciais.
Mais de 15 mil produtores nacionais inscreveram-se no PRODESI, através do seu portal. O crédito, a ser concedido pelas instituições financeiras destina-se exclusivamente, para a produção de 54 bens essenciais que apresentam défices de oferta de produção nacional
O PRODESI foi aprovado em 2019. Na província do Cuanza Norte as primeiros candidaturas para financiamento começaram a ser entregues entre Fevereiro e Março deste ano.