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Dívida abranda obras da barragem de Caculo Cabaça

     Economia              
  • Cuanza Norte • Quarta, 15 Setembro de 2021 | 18h00
Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges
Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges
António Escrivão

Ndalatando – Uma dívida de 140 milhões de dólares está a provocar um abrandamento nas obras de construção da barragem hidroeléctrica de Caculo Cabaça, município de Cambambe, província do Cuanza Norte, revelou esta quarta-feira, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.

Em declarações à imprensa, na cidade de Ndalatando (Cuanza Norte), o ministro notou que as obras, iniciadas em 2017 e avaliadas em mais de cinco mil milhões de dólares, precisam de mais impulso, que passa pela regularização dos pagamentos.

Segundo João Baptista Borges, o Ministério das Finanças e os parceiros externos, financiadores do projecto, já estão a trabalhar na regularização da dívida junto do empreiteiro.

Além da edificação da barragem, o responsável explicou que o projecto contempla a electrificação da província do Cuanza Sul e uma parte da do Bié, com a construção de linhas de transporte de energia e ligações domiciliares.

Esclareceu que a infra-estrutura constitui um projecto estratégico do Governo angolano, que visa cobrir as províncias com maior défice de fornecimento de energia.

O empreendimento é co-financiado pela República Popular da China, na componente de construção civil do aproveitamento hidroeléctrico e do sistema de transporte associado, no valor de 4,5 mil milhões de dólares e Alemanha, na parte do fornecimento e montagem do equipamento electromecânico, orçado em 1,02 mil milhões.

O projecto hidroeléctrico de Caculo Cabaça prevê produzir dois mil 172 megawatts (MW) e, de acordo com o cronograma de execução do projecto, a primeira máquina entra em exploração comercial em 2024.

Caculo Cabaça terá cinco turbinas, quatro das quais na central principal, com capacidade nominal de 530 MW cada uma, e uma na central ecológica, com capacidade de 52 MW.

O aproveitamento fará parte de um leque de barragens construídas no médio Kwanza, onde já existem as de Cambambe (Cuanza Norte), Capanda e Laúca (Malanje).

Segundo o ministro, o atraso no pagamento da divida poderá comprometer a conclusão das obras nos prazos previstos.

O projecto de construção da barragem está a cargo do grupo estatal chinês China Gezhouba Group.





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