Menongue - A ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen Sacramento Neto, afirmou, este sábado, em Menongue, que região do Cuando Cubango constitui a "grande reserva da pesca fluvial" de Angola, um potencial disponível para contribuir na diversificação da economia.
A governante justifica o potencial, apontando os 16 rios maioritariamente navegáveis, onde se pode praticar e fomentar a pesca fluvial, com destaque para Cubango, Cuando, Cuito, Cuanavale, Cuchi, Cutato, com uma gama de peixe diversificado ao longo do curso de água doce.
Carmen Sacramento Neto fez este destaque no encontro que manteve com os membros do governo provincial do Cuando Cubango, no quadro da sua visita de constatação do sector de algumas horas em Menongue.
A governante reiterou que o Cuando Cubango, representa a expansão, no que a pesca fluvial diz respeito no país, e dá proteína animal do pescado, daí ser uma grande reserva em função da disponibilidade do que os rios oferecem por sua natureza.
Face ao potencial disponível, Carmen Sacramento garantiu dar maior atenção para melhor gestão dos rios para na sua maior inclusão na economia azul.
Para isso, acrescentou que, o sector vai trabalhar mais com as cooperativas de pesca artesanal, no programa de combate à fome e à pobreza, uma tarefa que está alinhada com o ministério da Agricultura e Florestas.
“O Ministério irá trazer ao Cuando Cubango uma proposta de ordenamento desta pescaria e de apoio diferenciado a todas as comunidades, que se localizam juntos desses rios onde se pratica a pesca artesanal, no âmbito da política do incentivo e da diversificação da economia local para depois ser agregada à escala nacional”, destacou.
A titular das Pescas e Recursos Marinhos admitiu também que o Centro de Larvicultura e Engorda do Missombo, da província do Cuando Cubango representa uma proposta de segurança alimentar e da diversificação da economia, em função da produção do peixe existente, com intuito de replicar esta produção bem como da ração para o referido peixe.
O Centro de Larvicultura e Engorda do Missombo, sob gestão da empresa Gesterra, constitui um activo do Governo e que se encontra em pleno funcionamento, mas que deseja ver aumentada a sua produção do peixe, através dos alevinos (filhotes de peixe recém saídos do ovo) que devem ser disseminados para outros sectores privados, segundo a tiular das Pescas.
Inaugurado em 2022, foi construído numa área de seis hectares, contemplando três residências para os técnicos, um escritório, uma área de recepção, uma sala de processamento do pescado, uma unidade fabril e uma de produção.
Com 29 funcionários, o Centro está situado a 15 quilómetros a sul da cidade de Menongue, capital do Cuando Cubango, tem uma capacidade de produção anual de 140 toneladas de peixes, uma produção diária de 1.750 quilogramas de ração feita de milho, soja e premix (que é um conjunto de minerais e vitaminas essencial para o crescimento e desenvolvimento dos peixes) para alevinos de tilápias.
Actualmente, funciona com 22 tanques metálicos dos 38 construídos, cada com para uma capacidade de 12 mil peixes e 16 estufas para a produção de alevinos. ALK/JSV/NE
