Menongue – O Cuando Cubango está aberto ao investimento privado, com destaque para o sector agro-industrial, para alavancar o desenvolvimento sustentável da região, assegurou a vice-governadora para o sector social, político e económico, Helena Chimena.
“Quem quiser investir na nossa província será bem-vindo. O governo está aberto para qualquer iniciativa que contribua para o bem-estar da nossa população, criando oportunidade de emprego, bem como para o crescimento da economia local”, destacou Helena Chimena, em declarações à ANGOP.
A governante, que abordava a participação da província na Feira dos Municípios e Cidades de Angola (FMCA), decorrido no Lubango, província da Huíla, realçou que esta província possui muitas potencialidades, que foram expostas no evento, como agrícolas, pecuárias, industriais, culturais e turísticas.
A perspectiva, segundo a vice-governadora, era mesmo atrair o maior número de investidores de vários ramos, o que foi conseguido, já que muitos empresários, quer nacionais quer estrangeiros, manifestaram o interesse de explorar as potencialidades desta região, de modo a contribuir na diversificação da economia do país, em particular do Cuando Cubango.
Sem citar nomes, adiantou que quatro empresas nacionais manifestaram, para breve, a intenção de realizar uma prospecção das potencialidades, principalmente na produção de amendoim e no sector agro-industrial e mineiro, em função do fabrico do ferro Gusa, no município do Cuchi.
Helena Chimena avançou que os empresários pretendem exportar o amendoim devido à sua qualidade natural, facto que motiva a sua procura no mercado nacional e internacional.
O mesmo acontece com o alho de Mavinga, que já é exportado em países vizinhos, como a Zâmbia e Namíbia.
A exposição da planta “makakata”, tida como curadora de muitas doenças, o peixe fresco e seco do rio Cuito, a mandioca, massango, massambala, feijão-frade, a cebola cultivada no Tumpu, a madeira local, com destaque para Mussivi, com duração de mais de 100 anos para a deterioração, entre outras potencialidades, mereceu igualmente a atenção dos investidores.
Destaque ainda para a exposição do Projecto Transfronteiriço Okavango - Zambeze, que inclui Angola, na parte do Cuando Cubango, Zâmbia, Namíbia, Botsuana e Zimbabué, virado para a exploração das potencialidades turísticas.
Através do município do Dirico, nos nove que compõem o Cuando Cubango, a província arrebatou dois prémios, o de municipalidade Resiliência e de Melhor Participação Cultural, por conta da representação do grupo minoritário etnolinguístico local Sã (Khoisan).ALK/JSV/PLB