Luanda – O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, em cerca de 4,6%, no I trimestre de 2024, sinaliza uma trajectória de recuperação da actividade económica, considerou, esta segunda-feira, em Luanda, o secretário de Estado para o Planeamento, Luís Epalanga.
No I trimestre de 2024, o PIB cresceu cerca de 4,6%, comparativamente ao 2,1% do IV trimestre de 2023, representando um desempenho mais elevado desde o I trimestre de 2015, altura em que o PIB foi de 13,5%.
Falando em conferência de imprensa de apresentação dos dados trimestrais das Contas Nacionais, publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes ao PIB, o secretário de Estado para o Planeamento sublinhou que o desempenho positivo foi justificado pelo crescimento do sector petrolífero, incluindo o gás, em 6,9%, e pelo sector não petrolífero em 3,9%.
Os dados, disse, resultam também das medidas de estímulo à economia e dinamização do seu potencial, que estão a ser implementadas pelo Executivo, desde Julho de 2023, para o aumento e diversificação da produção nacional.
No que diz respeito ao aumento da produção e do apoio no acesso ao financiamento do sector empresarial, destacou que foram disponibilizados 43 mil milhões de kwanzas, pelo Banco BAI, para financiar o crédito agrícola da campanha 2023/2024, de modo a potenciar agricultores e produtores que já operam neste sector.
De acordo com o secretário de Estado, foram aprovados 735 projectos de Caixas Comunitárias, no montante de 6,3 mil milhões de kwanzas.
Dos referidos projectos foram desembolsados 289, no valor de aproximadamente 3,7 mil milhões de kwanzas, em decorrência da capitalização, com cinco mil milhões de kwanzas, do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA).
Luís Epalanga fez saber que foram financiadas 62 cooperativas nas províncias do Namibe, Benguela e Uíge, para a aquisição de 109 motocultivadores e 49 tractores, no âmbito da linha de financiamento para a mecanização ligeira da agricultura familiar.
No mesmo âmbito, disse, foi capitalizado com 50 mil milhões de kwanzas, o Fundo de Garantia de Crédito (FGC), para a emissão de 194 garantias de crédito, no valor de 33 mil milhões de kwanzas, o que gerou 51 mil milhões de kwanzas de financiamento.
O responsável reforçou que foi capitalizado, igualmente, o Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA) com cinco mil milhões de kwanzas, para 15 projectos de cerca de 4,6 mil milhões de kwanzas, nas províncias de Benguela, Bié, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Huambo, Huíla, Luanda e Zaire.
Segundo o mesmo, o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), com 20 mil milhões de kwanzas, ocasionou o desembolso de 6,07 mil milhões de kwanzas, para 20 projectos nos sectores da agricultura e das pescas, nas províncias de Luanda, Benguela, Bié, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Huambo, Huíla e Zaire.
Luís Epalanga adiantou ainda que foram atribuídas quotas anuais de importação de açúcar (210 mil toneladas), arroz (270 mil toneladas) e fertilizantes (250 mil toneladas), visando a estabilização da oferta destes produtos. HM/ASS