Luanda - O crédito bruto ao sector não financeiro cifrou-se em 6,22 biliões de kwanzas, tendo registado um aumento de cerca de Kz 1,4 biliões (29,68%), em Fevereiro último, comparativamente ao período homólogo.
Uma nota de Informação Estatística sobre o Crédito disponibilizada pelo Banco Nacional de Angola (BNA), 87,60% do crédito representava o endividamento do sector privado (empresas privadas e particulares) e 12,40% o endividamento do sector público (administração pública e empresas públicas).
De acordo com a nota consultada este domingo pela ANGOP, o stock de crédito à economia, em moeda nacional, atingiu 4,60 biliões de kwanzas em Fevereiro, tendo registado um aumento de 69,35 mil milhões de kwanzas, nos primeiros dois meses do corrente ano.
O documento diz ainda que o endividamento do sector público não financeiro totalizou 771,40 mil milhões de kwanzas, dos quais 58,77% referentes à administração pública e 41,23% às empresas públicas. Comparativamente ao período homólogo, registou-se um crescimento de 386,24 mil milhões de kwanzas (100,28%).
Por sua vez, o endividamento do sector privado (empresas privadas e particulares) registou um aumento de 1,04 bilhões de kwanzas (23,52%), ao passar de 4,41 biliões de kwanzas, em Fevereiro de 2023, para 5,45 biliões de kwanzas, em Fevereiro de 2024, sendo que o endividamento das empresas privadas não financeiras foi correspondente a Kz 4,23 biliões.
No período em análise, registou-se também um aumento de 747,73 mil milhões de kwanzas (21,48%) e o endividamento dos particulares correspondeu a 1,22 biliões de kwanzas, com um aumento de 299,23 mil milhões de kwanzas (31,13%).
Em Fevereiro de 2024, o crédito bruto alocado ao Sector Real da Economia totalizou 1,25 biliões de kwanzas, o que representa um aumento de 63,48 mil milhões (5,35%), comparativamente ao período homólogo, impulsionado principalmente pelo aumento de recursos canalizados para o subsector da Indústria Extractiva de cerca de 98,13 mil milhões de kwanzas (43,26%).
Apesar do aumento observado, a quota do crédito ao Sector Real na carteira total de crédito bancário decresceu 3,86 pontos percentuais, em relação ao ano anterior, situando-se em 20,81% em Fevereiro de 2024, acrescenta a nota.
O documento explica que este decréscimo deveu-se à desaceleração da concessão de crédito ao sector real, que registou uma diminuição de 4,48 pontos percentuais, situando-se em 5,34%.
O total do crédito vigente concedido no âmbito do Aviso 10/2022 do BNA para o fomento do Sector Real totalizou 972,55 mil milhões de kwanzas, o que representa 77,80% do total de crédito concedido ao Sector Real e 16,19% da carteira de crédito bruto do sistema bancário.
Comparativamente ao período homólogo, registou-se um notável aumento de 125,79 mil milhões de kwanzas (14,86%), influenciado principalmente pelo financiamento de projectos no subsector da Agricultura, Produção Animal, Caça, Floresta e Pesca, que registou um incremento de 88,67 mil milhões de kwanzas (25,98%).
O BNA destaca que, em termos de subsectores de actividade económica, do crédito total concedido ao Sector Real no período em análise, destacam-se o subsector da Indústria Transformadora, com 625,65 mil milhões de kwanzas (50,05%), dos quais 603,50 mil milhões (96,46%) correspondente ao crédito ao abrigo do Aviso 10.
Destaca-se, igualmente, o subsector da Indústria Extractiva, com 324,97 mil milhões de kwanzas (26,00%), dos quais 84,96 mil milhões (26,14%) concedidos ao abrigo dos avisos sobre a concessão de crédito ao sector real e o subsector da Agricultura, Produção Animal, Caça, Floresta e Pesca com 299,38 mil milhões de kwanzas (23,95%), sendo que 284,10 mil milhões (94,90%) foram concedidos no âmbito dos avisos do BNA sobre o fomento do crédito ao Sector Real. HM/QCB