Luanda – O crédito bruto ao sector não financeiro, em Maio último, cifrou-se em 6,7 biliões de kwanzas, registando um aumento de cerca de Kz 1,5 biliões (28,6%), face ao período homólogo de 2023.
Do total do empréstimo, 89,4% representou o endividamento do sector privado (empresas privadas e particulares) e 10,6% o endividamento do sector público (administração pública e empresas públicas), segundo um comunicado do Banco Nacional de Angola (BNA).
Ainda no período em análise, o Banco Central diz que o stock de crédito à economia atingiu 4,8 biliões de kwanzas, tendo um aumento de Kz 256,8 mil milhões, nos primeiros cinco meses do corrente ano.
De acordo com a fonte, o endividamento do sector público não financeiro totalizou 704,6 mil milhões de kwanzas, dos quais 53,4% referentes à administração pública e 46,6% às empresas públicas. Comparativamente ao período homólogo, registou-se um crescimento de Kz 207,3 mil milhões (41,7%).
Por sua vez, o endividamento do sector privado (empresas privadas e particulares) registou um aumento de 1,37 biliões de kwanzas (27,19%), ao passar de 4,68 biliões, em Maio de 2023, para 5,95 biliões de kwanzas, em Maio de 2024.
Já o endividamento das empresas privadas não financeiras foi correspondente a 4,55 biliões, com um aumento de 854,62 mil milhões de kwanzas (23,12%) e o endividamento dos particulares correspondeu a 1,40 biliões de kwanzas, com um aumento de 417,69 mil milhões (42,49%).
Os dados indicam também que o crédito bruto direccionado ao Sector Real da Economia totalizou 1,30 biliões, um acréscimo de 41,20 mil milhões de kwanzas (3,27%) em relação ao período correspondente do ano anterior.
O referido crescimento foi impulsionado, principalmente, pelo significativo reforço no subsector de indústrias extractivas, que registou um incremento de recursos de cerca de 97,52 mil milhões de kwanzas (38,47%).
Em termos de subsectores de actividade económica, o crédito total concedido ao Sector Real destaca-se o subsector de indústrias transformadoras, com 648,09 mil milhões de kwanzas (49,79%), dos quais 608,47 mil milhões de kwanzas (93,89%) correspondente ao crédito ao abrigo do Aviso 10.
Constam, igualmente, o subsector de indústrias extractivas, com 351,03 mil milhões (26,97%), dos quais 201,87 mil milhões de kwanzas (57,51%) concedidos ao abrigo dos Avisos sobre a concessão de crédito ao Sector Real e o subsector de Agricultura, Produção Animal, Caça, Floresta e Pesca, com 302,62 mil milhões (23,25%), sendo que, 290,89 mil milhões (96,12%) foram concedidos no âmbito dos Avisos do BNA sobre o fomento do crédito ao Sector Real.
O BNA diz que o crédito total concedido no âmbito do Aviso n.º 10/2022 do BNA para o fomento do Sector Real atingiu 1,10 biliões de kwanzas, representando 84,60% do total de crédito concedido a este sector e 16,90% da carteira de crédito bruto do sistema bancário.
Segundo o Banco Central, em comparação com o período homólogo, verificou-se um aumento significativo de 223,13 mil milhões de kwanzas (25,41%), impulsionado principalmente pelo financiamento de projectos no subsector da indústria transformadora, que registou um acréscimo de 100,14 mil milhões de kwanzas (19,70%). HM/QCB
