Luanda- O ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D'Abreu, defendeu recentemente , em Lusaka, Zâmbia, que as operações do Corredor do Lobito, fazem desta plataforma, impulsionadora e alavanca da diversificação económica de Angola.
O governante, que falava no Fórum de Investimentos da Parceria Global de Financiamento de Infra-estruturas do Corredor, disse que essa diversificação económica estende-se até República Democrática do Congo e Zâmbia, fruto do incremento das trocas comerciais intra-africanas.
" O Corredor do Lobito vai contribuir para
a segurança alimentar e para a segurança energética de Angola, da República Democrática do Congo e da Zâmbia, assim como para a criação de emprego nos três países, com realce para o sector do agro-negócio, industrial", enfatizou o ministro.
Para Ricardo D' Abreu outros sectores serão abrangidos como o do processamento de matérias-primas, designadamente de minerais críticos para a manutenção e incremento da indústria mundial automóvel, que vão circular e transpor fronteiras até aos mercados internacionais.
O titular do Transportes em Angola frisou que, deste modo, o Corredor do Lobito torna-se mais apetecível para os investidores nacionais e estrangeiros.
O Ministro dos Transportes realcou o empenho e a iniciativa de Angola de incluir e de envolver, em posição de igualdade com
a Zâmbia e a RDC, neste projecto de envergadura e impacto tanto local quanto internacional.
O Corredor de Lobito tem como empresa gestora a LAR, que assumiu no dia 25 de Janeiro deste ano o controlo de todas as operações; que recentemente,na cidade de ( África do Sul) , assinou o seu primeiro contrato com a Trafigura e a Ivanhoe Mines para o transporte de minerais, por um período mínimo de seis anos.
Recorde-se que o projecto de reabilitação do Corredor do Lobito beneficia do apoio dos governos de Angola, RDC, Zâmbia e da parceria para o Investimento Global em Infra-estruturas (PGII) do Governo dos Estados Unidos da América(EUA).
O projecto representa um investimento de mais de 500 milhões de dólares,
durante a vigência da concessão, com um financiamento potencial de pelo menos 250 milhões de dólares da Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos EUA.
O investimento vai permitir a renovação de troços da linha férrea e infraestruturas associadas, além de garantir mais a aquisição de mais 1.500 vagões e 35 locomotivas.CLAU/AC