Lubango- O secretário de Estado para Acção Social, Família e Igualdade do Género, Lúcio do Amaral, exortou hoje, no Lubango, província da Huíla, as cooperativas agro-pecuária de ex-militares a apostarem em culturas com resultados mais lucrativos.
O responsável, que falava no acto de encerramento do processo de reintegração sócio-profissional dos ex-militares na Huíla, apontou como exemplo, a plantação de milho em um hectare com a colheita de três toneladas, assim como a de feijão.
Daí que, segundo disse, o agricultor deve comparar sementes por quilograma no mercado e apostar na cultura que compensa.
Para o secretário de Estado, não basta só mexer a terra e perder dinheiro, mas apostar em culturas que tenham rendimentos para recompensar o esforço e obter lucros para aos poucos aumentar a produção.
“O Executivo está preocupado com a protecção, dignidade e conclusão do processo de reintegração, com isso, disponibilizou 604 tractores e respectivos incrementos que tem permitido a inclusão produtiva dos ex-militares", disse.
Continuou que na Huíla 15 cooperativas beneficiaram de 20 tractores e na base de outros programas foi possível fazer a cobertura de um total de 812 ex- militares, incluindo os nove ilegíveis, cujo processo de reintegração terminou nesta quarta-feira.
Manifestou que as boas práticas devem ser replicadas, por isso lançaram o repto para as demais províncias para seguirem o exemplo do Zaire, Bié, Uíge, Moxico, Huambo e agora a Huíla, no cumprimento das orientações e compromissos assumidos pela consolidação da paz e harmonia no país.
Entretanto, o vice-governador da Huíla para o sector Técnico e Infra-estruturas, Hélio de Almeida, realçou que os programas gizados pelo ministério de tutela têm incidido no empoderamento desta franja.
A ideia, conforme disse, é melhorar a vida social dos assistidos e que em função do histórico que país viveu merecem toda a atenção do Executivo .
“Merecem a verdadeira valorização para que a história seja grata e fiel a aquilo que eles representaram para o que estamos a viver hoje", reiterou.
Durante a actividade, nove ex-militares dos municípios do Cuvango e de Quilengues, receberam kits agrícolas, contendo charruas, motobombas, enxadas e sementes diversas e duas motorizadas para o serviço de moto-táxi.
O processo de reintegração sócio- profissional dos ex-militares no país teve início em 1992, onde previa-se a reintegração de 241 mil e 400 ex-militares licenciados, nos acordos de paz de Bicesse, Lusaka, Luena e do memorando de entendimento, no Namibe.
Na província da Huíla, a meta do quinquénio 2018/2022 era 12 mil 137 ex-militares a reintegrar, no entanto, o processo de recadastramento com apoio do Sistema de Informação para Gestão, realizado de Julho de 2020 a Julho de 2021 permitiu a redução dessa cifra para apenas 101 ex-militares.
A Huíla torna-se na assim na 6ª província, a encerrar o processo de reintegração, depois do Zaire em Outubro de 2019, Bié, Uíge, Moxico e Huambo, nos meses de Junho, Outubro e Novembro do ano em curso.