Luanda – A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis(ANPG), a Concessionária Nacional, diz que continua a trabalhar na melhoria do ambiente de negócios, para manter as actuais multinacionais e a atracção de novos “players” ao mercado nacional.
De acordo com o Presidente do Conselho de Administração(PCA) da ANPG, Paulino Jerónimo, a melhoria do ambiente de negócios não é só para permitir que grupos empreiteiros existentes invistam mais, mas reconhece que o investimento destes é que faz com que a produção nacional mantenha-se acima dos um milhão e 100 mil barris/dia.
“ Se não fosse o investimento dessas petrolíferas, a nossa produção estaria muito abaixo deste número”, admitiu o gestor da Concessionária Nacional, em declarações à imprensa, à margem da assinatura de novos contratos com empreiteiros.
A ANPG augura que as operadoras continuem a investir, enquanto se atrai novos investidores, no quadro das políticas do “bom ambiente de negócios”.
No quadro do bom ambiente de negócios surgem novas empresas que vão actuar pela primeira vez, no mercado nacional, nomeadamente as multinacionais americanas Intank Group, a Brite`s Oil and Gas e a empresa canadense MTI Energy, que entram em consórcios para trabalhar em blocos da Bacia Terrestre do Kwanza.
“Esperamos continuar a atrair mais empresas. Estamos a mostrar que o mercado é bom, atractivo e muito competitivo”, considerou Paulino Jerónimo.
Novas licitações à vista
O sector petrolífero continua a ser estratégico para o Estado, visto que 95% das exportações de Angola ainda é o crude, ou seja petróleo bruto.
Da estratégia licitações e novas concessões aprovadas em 2019, prevê-se o licenciamento 55 novas concessões, dos quais 25 já foram adjudicadas neste período.
À semelhança do que se fez em 2020, período que foi lançado as licitações onshore, a ANPG prepara um novo “pacote” de 12 blocos.
De acordo com o PCA da ANPG, Paulino Jerónimo, para este ano têm em agenda licitações no onshore, de oito (8) blocos da Bacia Terrestre do kwanza, nas proximidades de Luanda, Cuanza Norte e Cuanza Sul, e quatro ( 4) na Bacia Terrestre do Congo, onde opera a maior petrolífera privada nacional, a Somoil.
Os termos de referencia das licitações serão lançados no dia 01 de Setembro deste ano, tendo-se já efectuado o pré-anúncio deste concurso internacional.
Nestas licitações referentes a 2023, serão colocados em concurso os blocos petrolíferos da Bacia Terrestre do Baixo Congo (CON 2, CON 3, CON 7 e CON 8) e os outros oito na Bacia Terrestre do Kwanza (KON 1, KON 3, KON 7, KON 10, KON 13, KON 14, KON 15 e KON 19).
O pré-anúncio da ANPG define que o prazo para a submissão de propostas será até o dia 04 de Novembro deste ano, 2023.
A licitação 2023 visa relançar a exploração e produção de hidrocarbonetos nas zonas terrestres, reavaliar o potencial petrolífero existente nas referidas bacias, atenuar o declínio da produção, através do incremento da actividade de exploração e descoberta de novos recursos e estimular a participação de pequenas e médias empresas petrolíferas, bem como promover a inovação tecnológica e boas práticas de governação.
Enquanto isso, o sector procura, a médio e longo prazos, desenvolver os campos marginais, fazer as explorações nas áreas em desenvolvimento, conceder incentivos para os campos maduros, de modo a que as empresas que operam neles trabalhem mais.NE/AC