Luanda – A Gemcorp Holdings Limited (GHL), a Africa Finance Corporation (AFC) e o African Export-Import Bank (Afreximbank) anunciaram a conclusão do pacote financeiro para a construção da Refinaria de Cabinda, um projecto avaliado em 473 milhões de dólares.
Segundo uma nota a que a ANGOP teve acesso hoje, do valor total disponibilizado, 335 milhões de dólares foram cedidos por um sindicato bancário liderado pela AFC, Afreximbank e um conjunto de instituições financeiras internacionais e locais, no formato de “project financing” (financiamento de projectos).
De acordo com o documento, os outros 138 milhões de dólares foram disponibilizados pelos accionistas do respectivo projecto.
A Refinaria de Cabinda, que terá uma capacidade para processar 30 mil barris de petróleo bruto por dia, na primeira fase, está a ser implementada pela GHL, em parceria com a Sonangol, cuja linha de crédito já foi aprovada.
Após conclusão da primeira fase, prevê-se que a refinaria forneça aproximadamente 10% dos derivados de petróleo refinado consumidos em Angola.
Posteriormente, a segunda fase da refinaria acrescentará mais 30 mil barris/dia, elevando a capacidade total de refinação para 60 mil barris por dia, aumentando para 20% dos derivados do crude no país.
Durante a fase de construção, a unidade fabril vai criar mais de mil 300 empregos directos e indirectos, sendo que até ao momento estão concluídas 300 mil horas de formação para a qualificação dos trabalhadores locais e um milhão de horas de trabalho efectivo, sem o registo de qualquer acidente.
Para além da GHL, AFC e o Afreximbank, a Industrial Development Corporation (IDC) da África do Sul, o Arab Bank for the Economic Development in Africa (BADEA) e o Banco de Fomento Angola (BFA) fazem, igualmente, parte do consórcio que financia a construção da Refinaria de Cabinda.QCB/BA