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Constrangimentos financeiros inviabilizam projectos públicos no Cuanza Norte

     Economia              
  • Cuanza Norte • Segunda, 29 Maio de 2023 | 17h26
Cidade de Ndalatando, capital da província do Cuanza Norte
Cidade de Ndalatando, capital da província do Cuanza Norte
angop/Cuanza Norte

Ndalatando - Grande número dos projectos públicos na província do Cuanza Norte, a 190 quilómetros de Luanda, encontra-se  paralizado, em consequência de constrangimentos financeiros, causando um impacto negativo na elevação da oferta dos serviços essenciais básicos e melhoria das condições de vida das populações.

O facto foi revelado, nesta segunda-feira, pelo vice-governador do Cuanza Norte para os Serviços Técnicos e infraestruturas, Mendonça Luís, aludindo que a falta de financiamento tem estado a influenciar negativamente na manutenção das vias  internas da província, que viu reduzida as estradas em condições de circulação de 950 para 250 quilómetros.

O responsável falava no quadro de uma reunião com a comissão de deputadas da bancada parlamentar do MPLA que se encontra em visita de trabalho de seis dias à província,  para avaliação a situação de desenvolvimento e dos projectos de investimento públicos em curso na província.

Mendonça Luís manifestou também a preocupação do  Governo local por falta de financiamento que está a afectar a execução de várias  empreitadas, com destaque para a asfaltagem da via entre os municípios do Golungo Alto e Ngonguembo, em curso desde 2007, a construção de 460 habitações sociais na localidade do KM 11 ( periferia de Ndalatando), unidades de saúde e escolas em vários municípios.

Os deputados foram ainda informados do actual curso das obras de construção do novo sistema de água, captado a partir do rio Lucala, no município com o mesmo nome, que vai reforçar o abastecimento à cidade de Ndalatando e outras localidades onde deverá passar o traçado da conduta.

Mendonça Luís informou ainda que no âmbito do PIIM, a província tem previsto para 2023 a execução de 86 acções, sendo 76 de âmbito local e onze de âmbito central, algumas das quais aprovadas em anos anteriores.

Esclareceu que das acções do PIIM, 22 foram já concluídas, 29 estão em curso e quatro por iniciar, sendo os sectores da educação com 30 e saúde (17), os que albergam maior número de projectos.

Noutro sentido, disse terem sido aplicados 86 milhões de kwanzas em várias acções do Programa de Investimento Público (PIP), de Janeiro a Abril do ano em curso, numa altura em que o Cuanza Norte, no quadro da carteira de investimento, prevê um orçamento de 15,9 mil milhões de kwanzas para 2023.

Em relação ao Programa de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PDLCP), referiu, a província foi contemplada com 4,2 mil milhões de kwanzas,  para o período de Janeiro a Março do ano em curso,  dos quais foram disponibilizados 112 milhões de kwanzas e executados 106,3 milhões.

O responsável apelou à advocacia dos deputados do MPLA pelo círculo nacional, para uma maior celeridade no desbloqueio de fundos, para financiamento de vários projectos que se encontram paralisados na província e com impacto negativo na vida das populações.

Por seu turno, o deputado João Diogo Gaspar, que chefia a comitiva, destacou o facto da província ser uma das poucas com fornecimento ininterrupto de energia eléctrica em todas as sedes municipais, mas manifestou preocupação pelo elevado número de projectos públicos paralisados, por falta de financiamento.

Garantiu que vai advogar a situação junto dos órgãos centrais do partido MPLA e do governo, situação que passará por visitas de constatação para certificação da realidade das informações recebidas.

A visita dos deputados abarca constatação de várias obras e projectos sociais, para além de contactos com as administrações e direcções do partido nos dez municípios da província. LJ/IMA

  





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