Lobito - O Consórcio Nacional do Frango tem como meta, para 2025, atingir a produção de dez mil toneladas de produção nacional, soube a ANGOP, esta segunda-feira.
Esta informação foi avançada pelo representante da Associação Nacional de Avicultura de Angola, Jamir Baptista, à margem de uma reunião dos produtores, realizada na cidade de Benguela.
Segundo o responsável, a iniciativa é do Executivo, que visa criar condições para o fomento da produção de frango e ovos.
"O grande handicap (transtorno) para o desenvolvimento da produção nacional tem sido a escassez de ração", afirmou.
Para contrapor esta situação, está a caminho o primeiro carregamento de 20 mil toneladas de milho e soja, como sinal de grande comprometimento e interesse do Executivo em alavancar a economia, segundo o empresário.
Jamir Baptista informou que o Executivo assumiu, de forma bonificada, colocar à disposição dos produtores elevadas quantidades de milho e soja para a produção de ração.
Acrescentou que os produtores foram orientados, numa reunião com o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, a executar um mapeamento de todas infra-estruturas do sector, activas e inactivas, a nível nacional.
"Este inventário vai permitir uma melhor percepção sobre o estado actual da avicultura no país e como o Estado angolano poderá ajudar a desenvolver-se", explicou.
Disse que os dados recolhidos serão enviados para Luanda, para consolidação com as demais províncias e fazer-se uma planificação à altura dos objectivos preconizados.
"Vamos fazer disto uma rotina, porque depois vamos criar a nossa Associação Provincial que vai velar e defender os interesses dos produtores, a nível local", informou.
Jamir BBaptista antevê que este projecto terá um impacto positivo para o país porque o Estado gasta muitas dividas com a importação de frangos.
"Temos de deixar de depender da importação de produtos que fazem parte da cesta básica, por isso estamos comprometidos em garantir que em 2025 daremos um salto considerável", assegurou.
"Enquanto dependermos de outras economias, nunca teremos a segurança alimentar", alertou.
Admitiu que esse processo não se faz do dia para a noite, mas é necessário a união para garantir, o mais rápido possível, conseguir atrair a classe no sentido de mudar de importadores para produtores". TC/CRB